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Conhecemos o amor, mas não sabemos escolher quem amar

Tem dia que a gente ri de tudo, outro que chora sem motivo, outro que são tantos motivos para chorar que preferimos rir, outros que a benção é tão grande que o sorriso é pouco e precisamos chorar de tanta alegria! Essas emoções bagunçadas conhecemos como amor, mas não sabemos, definitivamente, escolher quem amar…

Somos complexamente estranhos, e emocionalmente diversos, por isso, amo as emoções e tudo que possa contribuir para que elas floresçam instantaneamente…

De repente a gente começa sentir aquele frio na barriga, aquela vontade inquietante de estar com uma pessoa que, se pensarmos friamente, não têm nada a ver conosco… Mas as emoções estão a flor da pele e os instintos incontroláveis. O jeito,(achamos que esse é único jeito) é nos render a esse desejo e amar loucamente. Não é assim que funciona?

Pois é, sabe porque isso acontece?
Isso pode ser explicado pela neurociência. Nosso cérebro e seus mistérios.
Você sabia que foi provado que nós não temos poder de escolha?
Isso mesmo. Existe uma região no nosso cérebro que é responsável pelos nossos instintos mais primitivos e ela tem impulsos rápidos, e é responsável pelas nossas escolhas na vida. Por causa disso acabamos escolhendo o amor errado, acabamos viciados em coisas que sabemos que não devíamos, e etc. A região do nosso cérebro responsável pela razão só é informada da nossa escolha, 7 segundos depois… ohhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!

Isso explica muita coisa, não é mesmo?
Explica a quantidade de emoções desconectadas que temos, e a quantidade de escolhas erradas que fazemos, principalmente no amor. Mas… Estamos o tempo todo escolhendo caminhos de forma primitiva. Quando descobrimos isso, pelo menos, tentamos esperar 7 segundos para pensar um pouco melhor e tentar combater a natureza primata que temos dentro de nós, já que essa região do nosso cérebro é a mesma desde os primeiros homens primitivos.

Essa parte mais antiga, chamada reptiliano, abriga centros de controle vital, que controlam a respiração, a deglutição e os batimentos cardíacos, entre outras coisas. Também incita a fome, o desejo sexual e a reação de fuga ou luta. A região responsável pelas emoções só veio depois… e a da razão/ intelecto apareceu por último… Entendem?

Isso nos leva a entender os instintos humanos de sobrevivência, desejo sexual, competição, agressão, altruísmo, nossa busca por conhecimento e nossa necessidade de algo mais, talvez algo divino… Mas… Sabendo disso podemos aprender a controlá-lo, devemos evoluir e buscar modificar comportamentos que estão também intimamente ligados com o ambiente no qual crescemos, que é proporcionalmente fundamental para o desenvolvimento do instinto humano.

Porém, muitos já sabem (os que já tentaram controlar os instintos), que tentar ignorar nossos impulsos nos torna agitados, inseguros e ansiosos.
Em muitos momentos de crise pessoal, o cérebro instintivo parece levar vantagem, mas temos o poder de provocar uma mudança radical. Só não conseguimos quando o medo alimenta o desejo de nos acomodarmos em atividades capazes de aliviá-lo, e na mesma medida de interesses, o desejo cria o medo de não poder, ou não dever… O medo e a agressividade estão à serviço e a postos, para derrubar as portas da razão a qualquer momento.

Como a maioria das pessoas que fazem terapia, ou já fizeram já sabem, um desejo instintivo de poder, status e prazer gera uma ansiedade, muitas vezes ruim, controlada pelo medo da rejeição e da perda do poder que nem foi conquistado ainda.

E esse desejo repentino de sucesso gera um medo ainda mais repentino de fracasso, o que leva consequentemente a uma criação inconsciente que se materializa no temido fracasso. Nossa parte instintiva cria essa armadilha que nos faz querer muito alguma coisa e depois acreditar fortemente que não iremos consegui-la.

Como qualquer outra parte do cérebro, os instintos podem se desequilibrar.
Se você é movido pelos impulsos, sua raiva, seu medo e seu desejo vão te controlar. O que te levará a cometer ator abusivos e se arrepender depois.
Agora, se você se controla demais, sua vida se torna fria e reprimida. O que te leva a solidão e reclusão, além da falta de laços de afeto e uma briga constante com seus instintos básicos.

Então o que fazer?

Não posso controlar, mas também não posso seguir meus instintos…

Esse é o grande mistério da vida…

Devemos aprender a trabalhar o nosso cérebro e colocá-lo a nosso serviço e não contra nós. Essa tarefa deveria ser matéria obrigatória para todos os seres humanos.

Sofrer por amor está intimamente ligado ao impulso primitivo do cérebro reptiliano. Se aprendermos a conectar o instinto, a emoção e a razão, poderemos até nos entregar ao instinto sexual, mas não deixaremos a ilusão do desejo nos dominar a ponto de amarmos a pessoa errada.

Um exemplo: Os fumantes, sabem que fumar faz mal, se eles pudessem não fumariam, eles fumam porque o cérebro reptiliano faz a escolha de fumar e eles não conseguem controlar essa escolha. Quando uma pessoa fica sabendo dessa escravidão, começa a desenvolver o poder de falar para o “reptiliano”… Para! Sou eu quem manda aqui! E assim também acontece no amor. Começamos a falar para nós mesmos que as escolhas primitivas não nos dominarão. Que quem escolhe quem vamos amar, somos nós, juntamente com todas as partes do nosso cérebro, e não apenas, por essa parte mais antiga que nos mantem ligados a nossa herança das cavernas!

Escolha quem vai amar e ame muito, mas ame direito… Para receber o amor de volta!

Iara Fonseca

Jornalista, escritora, editora chefe e criadora de conteúdo dos portais RESILIÊNCIA HUMANA, SEU AMIGO GURU e HOMEM NA PRÁTICA. Neurocoaching e Mestre em Tarot. Para contratação de criação de conteúdo, agendamento de consultas e atendimentos online entrem em contato por direct no Instagram @escritoraiarafonseca .

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