A interação virtual é natural e cada vez mais comum, porém com isso vemos acentuar a tendência de comparar nossas vidas com a vida alheia. Às vezes fazemos essa comparação sem mesmo perceber, então aqui vou listar três argumentos que me fazem crer que as comparações mais atrapalham do que ajudam.

Com a popularização das redes sociais, ficou mais fácil termos conhecimento sobre o que as outras pessoas estão fazendo, onde estão frequentando, o que andam comendo e por onde estão viajando.

Se antes mal sabíamos o que os nossos vizinhos faziam em suas férias, hoje sabemos o que uma infinidade de pessoas fazem não somente em suas férias, mas durante o ano todo. A interação virtual é natural e cada vez mais comum, porém com isso vemos acentuar a tendência de comparar nossas vidas com a vida alheia.

Às vezes fazemos essa comparação sem mesmo perceber, então aqui vou listar três argumentos que me fazem crer que as comparações mais atrapalham do que ajudam.

1. Cada um tem uma realidade particular

Cada um está inserido em um contexto muito individual então comparar duas realidades distintas é tolice e ainda pode nos deixar pra baixo. Os últimos cinco anos da minha vida foi lidando com a doença grave da minha mãe e posteriormente com a sua perda. Vivi tempos no hospital, vivi noites em claro trocando fraldas ou com medo de que eu a perdesse. Era óbvio que eu não tinha mais a mesma disponibilidade de tempo ou estrutura emocional que eu tinha antes. Era óbvio que nesses anos eu não tinha a mesma garra das outras pessoas para tentar ir atrás dos sonhos e objetivos. Cada um tem uma batalha e algumas, em determinados momentos, são mais difíceis e exigem mais de nós. O que as outros estão vivendo é diferente do que você está vivendo. Além disso, cada um tem a sua personalidade e modo de lidar com as situações.

2. Cada um tem seus sonhos e preferências

Se formos entrar na pilha e tentar fazer igual ao que nosso vizinho está fazendo, muito provavelmente acabaremos lutando por um sonho que não é o nosso. Isso quase aconteceu comigo quando decidi juntar dinheiro para comprar um carro. Então percebi que eu não tinha necessidade nem mesmo o sonho de ter um carro nesse momento e que o dinheiro desse investimento poderia me ser muito mais útil se aplicado em outros investimentos que eu realmente queria e necessitava. Olhar para si mesmo e para onde quer chegar é muito mais efetivo do que olhar para a grama ao lado. Lute pelo que você quer, os sonhos dos outros são diferentes. E quanto mais você se compara, mais você se distancia de si mesmo e da sua essência.

3. O ato de se comparar é enganoso

É enganoso porque sempre tendemos a comparar o nosso fracasso com a vitória alheia. Assim, estimamos o outro e nos subestimamos. Olhamos o acerto do outro e olhamos o nosso erro. Isso é cruel, não serve de balança. Esquecemos que o outro também já fracassou e que nós também já tivemos vitórias. Se comparar com quem está melhor, aliás, com quem parece estar melhor é só mais uma forma de martirizar. Reconheça mais seus feitos, as suas conquistas, mesmo que pequenas. Reconheça também o que pode melhorar, independentemente da outra pessoa. Permita que apenas uma pessoa ocupe o centro da sua vida: você.

Bônus: Não se compare, se inspire!

Identifique uma pessoa que você admira. Alguém que realizou um sonho parecido com o seu, alguém que conseguiu passar naquele concurso que você quer muito ou até mesmo aquele profissional referência na área em que você deseja se aperfeiçoar. Não se compare com eles. Se inspire neles. Mande um e-mail, fale da sua admiração e peça dicas. Talvez as ideias trocadas com essas pessoas, que já estiveram no mesmo degrau em que você está agora, possam ajudar a nortear melhor o caminho que te levará aonde você quer chegar. Enquanto a comparação te faz estacionar, a inspiração… Ah, a inspiração pode te levar além!








Sou personagem de uma comédia dramática, de um romance que ainda não aconteceu. Uma desconselheira amorosa, protagonista de desventuras do coração, algumas tristes, outras, engraçadas. Mas todas elas me trouxeram alguma lição. Confesso que a minha vida amorosa não seguiu as histórias dos contos de fada, tampouco os planos de adolescência. Os caminhos foram tortos, íngremes, com muitos altos e baixos e consequentemente com muita emoção. Eu vivo em uma montanha-russa de sentimentos. E creio que é aí que reside o meu entendimento sobre os relacionamentos. Estou em transição: uma jovem se tornando mulher, uma legítima sonhadora se adaptando a um mundo cada vez mais virtual. Sou apenas uma mas poderia ser tantas que posso afirmar que igual a mim no mundo existem muitas e é para elas que escrevo: para as doces mulheres que se tornaram modernas mas que ainda acreditam nas histórias de amor.