4 tipos de apegos infantis que podem atrapalhar as suas relações na vida adulta
Segundo o psicanalista britânico John Bowlby, desenvolveu a teoria do apego no século passado para tentar entender os efeitos que a separação dos pais causam nas crianças. E essa teoria pode trazer respostas para os comportamentos que atrapalham os nossos relacionamentos na vida adulta.
Bowlby é uma das maiores referências quando o assunto é relacionamento humano. Em sua teoria ele afirma que as crianças precisam sentir uma base segura em pelo menos um dos pais para poderem desenvolver o equilibrio emocional e a destreza social necessários para a convivencia harmoniosa e pacífica na vida adulta.
Ele identificou em suas pesquisas que tal como os animais, as crianças tentam evitar a separação dos pais o quanto podem. Sem esses cuidados e proteção eles se sentem desamparados, com razão, pois são os pais quem os alimentam e oferecem os cuidados necessários.
Se esses pais não ofereceram, por diversas razões, o cuidado e a proteção que as crianças precisavam, não atenderam as suas necessidades e se ausentaram, ou se estiveram presentes, mas não o suficiente para desenvolver a sensação de proteção que elas precisavam, nesse caso, diz Bowlby “é provável que sinta ansiedade e desenvolva comportamentos como procurar constantemente os pais ou mesmo chorar até atingirem um nível desejável de proximidade física e psicológica com o cuidador”.
Mas se elas tiveram pais sensíveis as suas necessidades, foram amadas e amparadas, “é mais provável que ela explore o mundo ao seu redor, seja sociável e brinque com outras pessoas”, explicou.
De acordo com informações da BBC, anos mais tarde, Bowlby e Ainsworth perceberam que o mesmo tipo de apego afeta a vida adulta. O psicólogo Ainsworth identificou na sua experiência que o apego também se aplica a casais românticos. Inicialmente, se identificou 3 tipos de apegos, mas depois de um tempo de pesquisa, foi identificado um quarto apego tão importante quanto os outros 3.
São eles:
1) apego ansioso:caracterizam-se por buscar altos níveis de intimidade e aprovação de seus parceiros, a ponto de se sentirem extremamente dependentes deles. Muitos temem serem abandonados ou rejeitados.
2) apego evitativo: caracterizam-se por buscar um alto nível de independência e evitar a intimidade.
3) apego seguro; caracterizam-se por expressar abertamente as suas emoções, procurar apoio quando precisam e ter boa autoestima. Elas não tem medo de oferecer amor ou pedir.
4) APEGO DESORGANIZADO; alternam traços de apego ansioso e apego evitativo, dependendo das circunstâncias.
Elas têm sentimentos confusos sobre os relacionamentos íntimos. Desejam intimidade e proximidade e, ao mesmo tempo, sentem-se desconfortáveis com isso. Ora podem estar apegadas, ora podem querer se afastar.
Os psicólogos descobriram que, da mesma forma que se relacionava com os pais na infância, as pessoas acabavam se relacionando com seus parceiros afetivos. Se a relação de apego com os pais foi saudável, seus relacionamentos adultos replicavam isso. No entanto, aqueles que guardavam dores de apego da infância, demonstraram relacionamentos amorosos na vida adulta cada vez menos saudáveis.
Fez sentido pra você? Como foi a sua relação de apego com os seus pais? Conte pra gente a sua história!
*DA REDAÇÃO RH. Foto de Amanda Kelly na Unsplash.
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