Quando você se foi..
Eu achei que morreria, achei que não iria suportar te ver e que meu coração viraria cacos, impossível de torna-lo inteiro novamente. Eu achei que ia desmoronar e que não ia conseguir mais acreditar em nada e nem ninguém.
Eu desmoronei, mas não morri, eu deixei de acreditar mas é por pouco tempo eu sei. Eu não vou esbanjar felicidade e sair por ai postando fotos como quem está feliz, mas não vou me esconder e deixar de viver. Não vou perder meus amigos e nem de deixar de passar momentos bons com eles. Eu não vou me afundar.
Eu só queria dizer que sinto muito, não por mim, por você. Mas eu entendo nem todo mundo consegue segurar um coração inteiro com as duas mãos. Nem todo mundo consegue não deixar escapar pelos dedos quando ele pulsa. Nem todo mundo consegue não quebra-lo e entregar ao outro em pedaços. Nem todo mundo consegue ver o que tem em suas mãos e deixa escapar achando ser sem valor.
Por um tempo eu acreditei que você o cuidaria, por um tempo achei que nunca me devolveria em pedaços… por um tempo eu o entreguei.
Quando você se foi, eu percebi o quanto sou forte, o quanto eu mereço alguém que cuide do meu coração assim como eu tentei cuidar do seu….
Quando você se foi eu não fiquei bem, confesso, mas eu consegui olhar pra frente, juntei meus pedaços e hoje estou inteira novamente.
Se eu pudesse lhe dar um conselho hoje seria exatamente assim: “Não brinque com um coração que o daria por inteiro sem pensar duas vezes, não brinque com um coração que dispara feito um atleta em plena corrida, apenas por ver teu sorriso”.
Hoje olhando pra mim fico feliz com tudo o que fiz, não me arrependo de nada, talvez eu me arrependa de ter acreditado em você por uma, duas, três vezes… Mas de ter sido sincera e de ter sentido tudo que senti não.
Esse não é um texto para fazer você voltar, pelo contrário é pra dizer que eu jamais volto. To seguindo em frente, e posso falar? O caminho está tão mais leve sem você, a dúvida era um fardo que só me cansava.
Hoje eu vejo que você segurou um coração inteiro com apenas uma mão, e não podendo conter suas pulsões o esmagou na tentativa de segura-lo. Típico de um amador. Típico de quem não sabe amar.