Tenho pensado mais em mim do que no que pensam de mim.
Francamente, o que pensam de mim me preocupa pouco. Não que a opinião das outras pessoas não seja importante. É que eu sei o que estou fazendo da minha vida. Tenho minha consciência absurdamente tranquila. Só me envolvo com prudências e honestidades; das indignidades tenho ficado longe.
Por isso mesmo, não temo os julgamentos. Se forem justos me serão favoráveis, se não forem justos, não pagarei esta conta.
Não devo satisfações a quase ninguém. Mas gosto da cumplicidade, de poder contar alguma coisinha de vez em quando, sem que isto seja espalhado aos quatro ventos. Aqueles que escolhi conviver de perto sabem bem desse meu gosto refinado.
Também não gosto de ter minha imagem comparada à de ninguém. Nem pesada pelas balanças dos maledicentes. Os pesos e as medidas variam muito e isto me causa certo desagrado.
Corro de intrigas; de exposição negativa; de pessoas mal afamadas que se fingem de boas amigas para ter o que contar para os outros. A fofoca vira quase uma moeda de troca. Longe de mim com esse comércio!
Sei só da minha vida. Só me interesso por ela. A vida dos outros não me diz respeito. Respeito os espaços alheios e as condutas que escolhem para si. E pronto. Todo mundo precisa saber medir as consequências do que faz. Cada um que cuide dos seus problemas, comportamentos e segredos. E se entenda com eles.
Não dou abertura pra gente intrometida, que desejam aplicar em mim seus conceitos pouco convencionais. Que não tentem tamanha ousadia.
Por isso saio logo avisando: Da minha vida cuido eu. Da sua, quem você deixar que o faça.
Não gosto de ver ninguém remexendo meus acontecimentos. Minha vida é um escrito particular, que cabe só a mim decidir o que acrescentar ou apagar.
E ponto final.