Muitos confundirão bondade com servidão, ou porque não sabem lidar com o que desconhecem, ou mesmo propositalmente, visto serem oportunistas e folgados. Tentarão tirar tudo, mais e mais, aproveitando-se de cada oferta nossa.
Num mundo tão violento, cheio de pessoas egoístas e pouco dispostas a gentilezas de quaisquer tipos, muito nos admiramos quando encontramos alguém que se doa, interessando-se pelo que não se trata da própria vida. Porque a bondade ainda existe, mas vem se tornando, a cada dia, artigo raro, de luxo, uma riqueza ímpar.
Ninguém perde por ser bom, por ajudar, por colocar-se no lugar do outro, por ser um humano que tem coração e não olha somente para as próprias necessidades. Tudo o que fazemos se irradia para além do que podemos enxergar, atingindo várias pessoas, trazendo luz a muito mais gente do que imaginamos. Tanto nossas atitudes boas quanto as más disseminam-se, ou seja, nada melhor do que irradiarmos energias positivas.
Infelizmente, muitos confundirão bondade com servidão, ou porque não sabem lidar com o que desconhecem, ou mesmo propositalmente, visto serem oportunistas e folgados. Tentarão tirar tudo, mais e mais, aproveitando-se de cada oferta nossa, exigindo, inclusive, que façamos o que é obrigação nada menos do que deles próprios. Tentarão ir além dos limites, transformando favores em exigências, porque nunca estarão satisfeitos, por mais que façamos por eles.
E o pior de tudo é que, na primeira vez que lhes negarmos algum pedido, esquecerão tudo o que já fizemos em seu favor, para então se revoltarem contra nós, taxando-nos de insensíveis, de egoístas, tentando fazer com que nos sintamos mal. Se possível, contarão a quem quiser ouvir a versão deturpada que elas criam acerca dos fatos, para que nós é que fiquemos como os malvados da história.
Caberá sempre a nós, portanto, deixar claros os limites de nossa solicitude, porque tem gente que não se limita, não se toca, tampouco consegue entender o outro nem nada além do próprio mundinho egocêntrico no qual se fecha. Por isso mesmo, não podemos, em hipótese alguma, permitir que ninguém abuse de nossa bondade, a ponto de transformá-la em servidão. Jamais.