Peço desculpa logo de cara aos românticos de plantão. Mas, não acredito que o amor seja aquela história escrita por Shakespeare, que derrama dor e sofrimento em cada ato que retrata o relacionamento de Romeu e Julieta.
O amor tem que ser leve. Simples. Solto. Não combina com cobranças, com algemas, com prisões.
O amor não deve ser condicionado. Não temos como exigir que seja recíproco.
“Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas”. Quem não se lembra desta frase, uma grande lição deixada pelo autor do Pequeno Príncipe?
Pois é. Complemento, somos igualmente responsáveis pela intensidade do amor que sentimos. Quem amamos, por sua vez, não tem culpa alguma disso.
Li um texto na internet nesta semana. A autora definiu muito bem essa questão. “E a vida é feita de escolhas, certo?
Então, eu escolho ser feliz. Escolho estar ao lado de quem me faz bem. De quem me quer bem. Escolho afetos. Escolho um amor sem embustes, sem mentiras, sem dor.
Porque amor tem que ser leve, tem que ser recíproco, tem que ser a dois”.
Só discordo da parte de que “amor tem que ser a dois”. Não necessariamente. Podemos amar sozinhos. O outro não é obrigado a nos corresponder, até por ter o direito de amar outro alguém.
E isso não é ruim, não é triste, não é sinônimo de sofrência (mistura de sofrimento e carência, ato de sofrer por amor ou pura dor de cotovelo).
E mesmo assim, só por existir amor, por sermos capazes de amar, já vale a pena.
Como tão bem escreveu Ana Albanez: “O amor tem que ser leve. Tem que ser livre, tem que ser natural.
E tem que ser sim. Quando tem peso demais não é amor, é posse. Quando tem ciúmes demais, não é amor, é insegurança. Quando te poda dos seus desejos não é amor, é competição. Quando te critica demais, não é amor, é só medo”.
Pois é, amor tem que ser pluma, tem que ser brisa. Deixemos a parte pesada da história para outros sentimentos, não tão puros assim, não tão nobres, não tão ternos.