Vá, pois velhos caminhos não abrem novas portas

Vá, não se esconde, mete a cara no mundo e procura o seu lugar.

Tem espaço para todos, é só não desistir de encontrar.

Se algumas portas ao longo do seu caminho estiverem fechadas, não desanima, entra por chaminés, janelas e frestas.
O importante é entrar.

Vá, não desiste, mete a cara, vasculha uma lacuna. Não aceita dividir beiradas, descobre um canto só seu.

Se escutares “não” seguidamente, é por estares mais próxima do sim que imaginas.

Não se reprima, escancara suas vontades, supere seus limites. O importante é não parar de tentar.

Vá, pois o que vale mesmo, no fundo, é partir.

Pois quando voltares, se é que um dia voltarás, o que ficou no passado já estará, assim como você, diferente.

Mudar é bom, mudar faz parte.

Nem que seja para se redescobrir e se reinventar.

Não leve muita bagagem, coloca na mala só o que te faz bem.

Sua partida pode durar minutos ou uma eternidade.

Durará o tempo que precisar.

O suficiente para que não esqueça suas raízes, mas que saibas que não estás eternamente preso a elas.








Jornalista, balzaquiana, apaixonada pela escrita e por histórias. Alguém que acredita que escrever é verbalizar o que alma sente e que toda personagem é digna de ter sua experiência relatada e compartilhada. Uma alma que procura sua eterna construção. Uma mulher em constante formação. Uma sonhadora nata. Uma escritora que busca transcrever o que fica nas entrelinhas e que vibra quando consegue lançar no papel muito mais que ideias, mas sim, essências e verdades. Um DNA composto por papel e tinta.