Ninguém é de ninguém e a nossa trajetória somos nós quem escolhemos.
O nosso tempo jamais será igual ao tempo de outras pessoas, assim como o tempo de Deus.
Cada um chega e parte como está previsto. Tem gente que já chega guerreando, tem gente que chega amenizando corações. Tem gente que vem em forma de luz para ajudar a sustentar a alma de quem precisa de mais amor. Tem gente que faz muita falta, assim como tem gente que a vida tratou de apagar como rascunho mal feito.
O que é certo é que daqui nada levamos. Melhorar a vida como pessoa é melhor do que carregar todo o peso do que não fomos, do que poderíamos ter feito e que por maldade ou pelo simples prazer de não querer auxiliar, prejudicamos muita gente.
Acho que é isso. Sem troca, não existe reciprocidade, sem diálogo não existe entendimento, sem amor não existe sustentação e compreensão.
Quanto mais inflamos o ego, quanto mais inflamos a vaidade e batemos o pé por conta do próprio orgulho exagerado,julgando-nos superiores, mais a vida retribui de uma forma menos agradável ao coração.
Ninguém é insubstituível, mas existem aqueles que nos deram laços tão humanos e perfeitos que jamais serão esquecidos na esfera da alma. São pessoas que vieram agraciar nosso mundo em alguma etapa de nossas vidas, mostrando-nos que nem sempre o caminho é obscuro e sem um pingo de chance de florescer.
Pessoas evoluídas aprendem de verdade, perdoam, não seguem cabisbaixas, fazendo-se o tempo todo de vítimas. Concordo que nem sempre estamos em dias bons, mas tudo faz parte da transitoriedade e do equilíbrio que precisamos adquirir.
Lidar com o ser humano não é tarefa fácil. Cada um possui sua personalidade, sua característica, seu jeito de ver o mundo.
Somos imperfeitos e cheios de falhas, não somos donos de nada, a não ser da nossa alma que deve ser mais bem tratada e mais bem educada espiritualmente.
O problema é que carregamos coisas demais e vamos curvando nosso eu, sem nos darmos conta de que quanto mais aliviamos, mais abrimos espaço para uma nova luz.
Já vi muita gente adoecer por não conseguir colocar sentimentos para fora, já vi gente se fechar feito ostra, sem que ninguém pudesse entrar em seu espaço já cheio de obscuridade e vazios.
Eu não me quero assim. Eu não me quero perdida no meio da multidão. Quero-me sim, em meio a ela, mas sabendo onde é meu lugar, onde eu quero estar, para onde a vida pede para seguir.
Eu vivo de etapas de coisas que me mostram certo aprofundamento, coisas que não me deixam no raso ou na completa falta de entendimento.
Quanto menos eu mexo em minhas feridas, quanto mais eu insisto que posso melhorar e vou me suturando, vou me recolocando, vou aprendendo a caminhar com as próprias pernas.
Todos os dias eu faço uma prece e entrego a Ele meu destino, sabendo que hoje pode ser uma coisa, e o amanhã, é totalmente imprevisível.