Esse não é um texto clichê sobre como o dinheiro não compra felicidade porque isso todo mundo já sabe. Esse é um texto sobre a simplicidade, uma das coisas mais importantes que existem e que está diretamente relacionada à riqueza da vida de cada um.

A simplicidade é a grande essência de tudo: é o amor, a empatia, a solidariedade, o respeito, o autoconhecimento. Não são coisas palpáveis e nem podem ser compradas. São as coisas mais simples da vida e que, em sua maioria, são ensinadas pelos nossos pais.

E o que acontece é o seguinte: em algumas fases da vida acabamos nos esquecendo um pouco dessa simplicidade que, na verdade, é a chave de tudo. Muitas vezes não é por mal. A vida é corrida, a rotina é intensa e deixamos a empatia guardada na gaveta ao lado da solidariedade e do autoconhecimento. Até que… BUM! Alguma coisa acontece e passamos a olhar com mais carinho para essas coisas tão simples, mas que fazem muita falta em nosso dia.

Os anos passam e voltamos a perceber como a nossa maior riqueza está nas coisas simples da vida: naquela reunião de amigos da faculdade, no abraço da avó, na conversa confortadora com a mãe, no beijo apaixonado do namorado. Tudo começa (ou volta) a girar muito mais em torno de “quem” e não “o que”.

E não é que tudo isso está ligado ao amor, ao respeito, ao autoconhecimento, à empatia, à solidariedade? Sem isso, não cultivamos laços afetivos nem sentimentos, que são o nosso principal motor. Pare e pense: as coisas mais importantes da sua vida não são coisas, são pessoas. É a sua avó, sua filha, seu marido, sua irmã, seu sobrinho, sua melhor amiga. E tudo isso nasce de um lugar: a simplicidade. Afinal, essa é a sua maior riqueza, nunca se esqueça disso.








Bruna Cosenza é paulista e publicitária. Acredita que as palavras têm poder próprio e são capazes de transformar, inspirar e libertar. É autora do romance "Lola & Benjamin" e criadora do blog Para Preencher, no qual escreve sobre comportamento e relacionamentos do mundo contemporâneo.