O amor não deve ser algo forçado, exigido nem cobrado. Não devemos colocar ninguém contra a parede e pedir para que nos ame. O amor deve ser solto, livre…sem juras, promessas e deveres.
Depositar expectativas de amor em quem não tem a intenção de nos amar, é perder o brilho da espontaneidade, é se deixar massacrar pelos sentimentos. Viver na dependência emocional, na aba do amor do outro, torna-nos seres miseráveis.
É preciso aprender a ter amor-próprio, valorizar-se, para provar e receber do amor do próximo. Este deve ser sempre um complemento do que já existe e nunca uma necessidade para as próprias faltas.
O ser humano é amor em essência, por isso encontra esse amor em si.
Mais vale um amor conquistado que um forçado, e ninguém gosta de fazer nada obrigado. Na verdade, o amor não nasce na obrigação, nasce no cuidado, na entrega, na admiração e respeito.
À medida que acessamos o nosso amor interno, permitimos a ele florir e perfumar o nosso ser. Despertamos autoestima e permitimos que os outros nos amem, de forma natural e despretensiosa.
Será como emitir um aroma do amor que será atraído por um coração disposto a amar.
Não devemos querer que o outro nos ame a qualquer custo, nem nos colocar como servos das necessidades do outro, acreditando que isto seja amor. Ser digno de amor é valorizar este sentimento que é mais profundo que satisfações fugazes.
Se houver reciprocidade, gratidão, se não, use este amor para coisas bonitas em sua vida e não o torne destrutivo.
Pessoas que amamos muito são as que mais nos geram dor, pois quanto maior o amor, mais sentidos ficamos em relação à dor que nos foi causada.
Nossos inimigos jamais terão essa capacidade. Eles não ocupam espaços em nossos corações –
“Vivam os meus inimigos! Eles, ao menos, não me podem trair “- Henry de Montherlant .
E enquanto a nossa saga for do amor, fatalmente seremos machucados, já que não estamos livres das mágoas e decepções diante das expectativas criadas. E que esta dor sirva também como lição para as relações futuras, para os nossos aprendizados, evolução pessoal, entendimento das nossas carências e reconstrução de nós mesmos.
Nada como a dor para um belo renascimento.
O “Amar” estará sempre em nós. Será uma necessidade, como respirar. E desta forma, que seja possível doar mais do que apenas querer receber.
O ego pede amor, a essência dá. Sejamos amor em essência!
O mundo precisa de mais pessoas boas de amor e menos egoístas na forma de amar, pois dessa forma despretensiosa, o amor volta como um bumerangue numa avalanche de recompensa e merecimento. Essa é a lei natural, e não há como escapar.
Seja amor na integridade e na sua liberdade de existir.