Assombração é um fenômeno comum em todo o mundo, desde o homem das cavernas. Por superstição, ele é chamado de “sobrenatural”, mas é natural. Sobrenatural é só aquilo que tem participação direta de Deus, o que, na verdade, nunca acontece, pois Deus atua em nós e na Natureza por meio de seus espíritos encarnados e desencarnados. (Hebreus 1: 14). Os milagres da Igreja têm diminuído, exatamente porque a Ciência, principalmente a espírita, os vêm explicando.

Nos fenômenos de assombração verdadeiros, há o envolvimento de um ou mais espíritos. E eles podem ser de efeitos físicos (vozes ou ruídos), de efeitos inteligentes (orais ou escritos, com frases, discursos ou sermões, livros etc.). E, nesses últimos exemplos citados, os fenômenos nem são mais conhecidos como “de assombração”, mas de “mediunidade”. São os casos de psicografia e psicofonia (quando o espírito fala usando a boca do médium ou o fenômeno de voz direta).

Há também os de composições de músicas e os de pinturas mediúnicas (psicopictografia). Os artistas sabem dessas coisas! E muitos santos da Igreja, entre eles são Tomás de Aquino, tinham contatos com anjos, e anjos são espíritos evoluídos humanos enviados (mensageiros). Apenas a cultura judaico-cristã tenta explicá-los de outro modo, mas não convence mais.

E por que uns creem e outros dizem que não creem em assombração e em fenômenos mediúnicos? Há dois tipos de incrédulos desse gênero: os materialistas e os que não estudam o assunto.

Os materialistas não creem nem em Deus. Eles acham que a vida termina na sepultura. E a crença do materialista é a mais fraca, pois a todo instante ele encontra fatos e ideias que o deixam em dúvidas. Daí que o materialista é a pessoa mais atormentada por dúvidas existenciais.

Outro tipo de incrédulo desses fenômenos de assombração é o da grande maioria dos que não são médiuns e dos que não estudam o assunto. Então, é pequena a porcentagem da população que crê nesses fenômenos, e grande a dos que não creem. E a essa grande maioria juntam-se os cristãos e judeus que seguem uma lei mosaica (não divina), que proíbe o contato com os espíritos (Deuteronômio, capítulo 18). É que os seguidores dessa lei mosaica confundem, ou fingem que confundem, essa proibição dos contatos com os espíritos com a não existência desses contatos.

Ora, se Moisés os proibiu, é porque eles existem! E ele os proibiu de um modo geral, porque as pessoas nada entendiam de mediunidade. A prova disso é que, em outra parte, ele não só os permite, mas os elogia (Números, capítulo 11). E Jesus, Tiago, Pedro e João, na Transfiguração, se comunicaram com os espíritos de Elias e Moisés, mortos já havia séculos!

É lamentável que parte da poderosa corrente espiritualista judaico-cristã tenha se unido aos materialistas para combater esses fenômenos que mais podem neutralizar o materialismo! E, como já vimos, é justamente por eles envolverem espíritos, que sua existência foi muito combatida e negada. Mas é o que ensinou o excelso Mestre: “Nada ficará oculto”!

E quem crê nesses fenômenos de assombrações verdadeiros e mediúnicos ou com voz direta, de algum modo, é espírita, mesmo que negue sê-lo, pois eles envolvem espíritos!

Na TV Kardec do Transição e da Fraternidade Francisco de Assis, Vila Prudente, São Paulo (SP): www.kardec.tv, às 17h das quintas-feiras, o programa: “O Espiritismo está na Bíblia”, com este colunista. Perguntas: [email protected]