Eu nunca soube explicar o que se passa aqui dentro de mim, são tantas as coisas que sinto que não saberia por onde começar.

Minha vida é como aqueles filmes esquecidos que nem chegam perto de concorrer ao Oscar. Quase ninguém conhece, e aqueles que conhecem, pouco entendem o enredo.

Pra falar a verdade, meu coração anda uma bagunça.

São tantos os cacos ao chão que não faço ideia de como juntá-los novamente.

Eu quebrei a cara de novo, e o pior de tudo, eu apostei todas as minhas fichas de que ele era o cara certo.

É fácil terminar com alguém que traiu sua confiança, difícil é acabar com alguém que beirava a perfeição.

Ele não mentiu pra mim, nem me escondeu nada, justamente o contrário, ele me deu um tapa tão verdadeiro – daqueles que você não esperava levar -quando ele disse que seu coração já não batia mais tão rápido quando eu me aproximava dele.

Eu desabei. Eu juro. Me trancafiei em um universo criado por mim mesma, onde apenas eu, conhecia cada milímetro daquele lugar. A tristeza me veio como um raio direto no meu peito e em um simples instante de tempo, eu estava perdida em minhas próprias lembranças de algo que se foi assim, sem deixar ao menos o cheiro do perfume. E não deu mais sinal algum de que iria voltar.

“A vida não é fácil, e eu não sou feita de aço. Não esqueça que sou humana, não esqueça que eu sou real.”

Eu nunca soube explicar o que se passa aqui dentro de mim, mas sei que ainda posso recomeçar. Pois a vida segue pra todo mundo. Se seguiu pra ele, seguirá para mim.

De uma forma ou de outra, todo mundo recomeça alguma coisa.








Apaixonado pela poesia feminina. Acredito fielmente que o amor seja o infinito que resolveu morar no detalhe das palavras. Muito prazer, eu me chamo Pedro Ficarelli, e escrevo com o único intuito de pôr palavras onde a tua dor se faz insuportável.