Quando temos o hábito de “não levar desaforo pra casa”, qualquer coisa se torna uma batalha. Se pedir uma pizza com calabresa por baixo e queijo por cima e vier o contrário, é uma tragédia.

Quem não sabe escolher suas batalhas, não sabe relevar um deslize, tem um “senso de justiça” tão aguçado que transforma o cotiano numa sucessão de batalhas inúteis, consumidoras de tempo e de energia.

Quem age assim, não sabe que o descontrole no trânsito, a atenção excessiva ao fato que alguém não ligou quando disse que ligaria, a raiva do garçon displicente, não são “brigas de qualidade”. A luta contra um câncer, a perda de um filho, a quebra financeira, são.

O problema é que não importa o tamanho, ambos os tipos de batalhas sugarão sua energia. Assim, a um certo ponto da vida é preciso aprender a buscar mais calma, mais lucidez, mais discernimento para entender:

– Que cada um de nossos dias vem com uma quantidade limitada de energia e que é preciso consumí-la de forma inteligente, caso contrário chega-se ao final do dia extenuado, sem ter realizado nada e sem fôlego para aquilo que realmente requer seu esforço e preocupação.

– Que a vida nos apresenta inúmeras batalhas diárias e que é preciso escolher quais a gente quer lutar e quais ignorar, mas que o segredo está em escolher a cada dia menos delas, até o dia em que nenhuma será importante o suficiente a ponto de valer a sua paz interior.








Coach de relacionamento, administra a página Relações Tóxicas, na qual dá dicas e apoio a pessoas que vivem, viveram ou sobreviveram a uma relação abusiva. Como advogada, atua principalmente em questões conturbadas de família. Seu maior prazer é escrever reflexões sobre a vida e sobre o ser humano, inspirando pessoas a realizarem seu potencial máximo em todos os aspectos da vida.