A vida terá que seguir, com ou sem as pessoas que a gente quer, apesar delas e também por elas. É preciso superar o que ficou num passado, tenha sido ou não tranquilo, cujo final foi sereno ou passou longe da cordialidade, pois nem todo mundo de quem gostamos permanecerá conosco.
A vida terá que seguir, com ou sem as pessoas que a gente quer, apesar delas e também por elas. É preciso superar o que ficou num passado, tenha sido ou não tranquilo, cujo final foi sereno ou passou longe da cordialidade, pois nem todo mundo de quem gostamos permanecerá conosco. Nem de todo mundo a gente gosta para sempre. E essa é uma das mais duras lições que a vida nos ensina.
Há pessoas que fazem parte de uma determinada fase de nossa vida e dali não seguem mais adiante. Mesmo que tenha sido bom o encontro, às vezes, os caminhos distanciam os passos de pessoas queridas. Ali, naquela época, a convivência se deu, acrescentando-nos, ensinando-nos, mas, então, cada um vai para o seu lado. Ficam as lembranças boas, fica a lição, fica o sorriso que a memória provoca.
Existem, por outro lado, indivíduos que caminham conosco apenas para testar a força de nossos princípios, pois são como tempestades verificando a força de nossas raízes, pondo à prova nossa paz interior, nossa capacidade de acreditar no outro, de confiar, de ser transparente. Não se dispõem a gostar de ninguém, pois ainda se esforçam para gostarem de si mesmos. Passada a tormenta, ficam os alertas de que o outro poderá nos usar da pior forma.
Ah, sem falar nos amores, nas paixões, naqueles com quem dividimos o nosso suor mais íntimo. Aqueles a quem nos entregamos, despindo-nos até a alma, em meio a juras de amor eterno, a promessas de fidelidade inconteste, a sonhos de um futuro a dois, perfeito e feliz. Infelizmente, relacionamentos acabam, arrefecem, pois existem promessas que não se cumprem, juras que não se sustentam e sonhos que não acordam para a realidade da vida.
Toda e qualquer experiência de convívio nos traz algum ensinamento, tornando-nos mais fortes, menos bobos e mais esperançosos de vir a manter por perto somente quem compartilha verdades. Teremos que superar as pessoas que nada mais nos acrescentam, sem perdermos o nosso melhor, sem espetáculos pequenos dos quais nos arrependeremos. E teremos que manter junto as pessoas que nos tocam, mesmo sem encostar, porque é assim que a tudo se torna mais leve e colorido.
*O título deste artigo é uma citação de Felipe Rocha