A cada novo ciclo da minha vida, novas pessoas cruzam o meu caminho. Conforme os anos passam, eu cresço e amadureço, percebendo que quem eu sou hoje é resultado de inúmeras variáveis.
Entre essas variáveis estão as pessoas que conheci e com as quais me relacionei durante todo esse tempo. Cada uma delas teve um papel primordial em minha história e, quando paro para refletir um pouco, me dou conta de que cada uma deixou uma dor, uma alegria, um sorriso, um abraço, transformando tudo em ensinamento e, consequentemente, formando quem sou hoje.
É impossível impedir que as pessoas deixem marcas em nós, até porque conforme nos relacionamos com elas, há uma troca. Uma troca de experiências, de conselhos, de intimidades, de sabedoria. Não importa se no final das contas essa troca foi boa ou ruim, se causou mais dor ou felicidade. O que importa é ser capaz de absorver tudo e entender o papel fundamental que esse indivíduo teve em sua vida.
Afinal, ninguém cruza o nosso caminho por acaso, não é mesmo?
Às vezes, esse ensinamento não é óbvio logo de cara. Às vezes, demoramos meses ou até anos para compreendermos como aquela pessoa nos transformou. Quando finalmente tudo se esclarece, fica muito mais fácil entender como as marcas que o outro deixou em nós afetam quem somos, o que fazemos e no que acreditamos.
Hoje, com consciência disso tudo, fico mais tranquila quando relembro momentos de dificuldade e dor que tive com pessoas que me fizeram mal. Isso porque sei que era necessário viver esses momentos ruins, pois eles formaram quem sou hoje, ajudando a me tornar alguém mais crítica, fortalecida e madura.
Grande parte do que sou hoje é resultado das pessoas com as quais me relacionei e das marcas que elas deixaram em mim.
Ao mesmo tempo, sei que também deixo as minhas marcas por aí e espero que elas também transformem quem cruza o meu caminho com a mesma intensidade e força que sou transformada ao longo da minha vida.