Quando as pessoas saiam da minha vida, eu costumava me culpar e perder o meu tempo buscando respostas, tentando entender como pessoas fugiam sem sequer dizer o motivo. Eu não conseguia entender como as pessoas sumiam do nosso mapa como se nunca tivessem entrada na vida da gente. Enquanto a vida passava, eu ficava me lamentando por mais uma perda. Enquanto o baile seguia eu me perdia tentando encontrar as respostas pela fuga do outro.

Hoje em dia, eu só quero que fique quem realmente quer ficar, sem que eu peça, sem que eu implore, sabe? Se quiser ir, que vá.

Por mais que eu goste, por mais que eu ame, se não for recíproco, desculpa, mas eu prefiro ficar em casa colocando minhas séries em dia e poupando minha estabilidade emocional.

Se tem uma coisa que eu aprendi a aceitar, é que a gente não precisa perder o nosso tempo tentando entender porque o outro foi embora. Algumas pessoas vão fugir de nós, e o que resta é somente compreender isso e seguir em frente. Eu não mereço, nem devo me desgastar tentando decifrar porque o outro decidiu se afastar. Tudo o que eu posso fazer a essa altura do campeanado é dizer pra mim mesmo: vai ficar tudo bem, segue o baile.

Chega um momento que a gente precisa se acostumar com as despedidas também, porque se a gente não se prepara para os finais, até mesmo aqueles finais que são declarados em silêncio, a gente acaba sofrendo pra carvalho a cada partida.

E não estou dizendo que a gente deve evitar qualquer possibilidade de se machucar. Muito pelo contrário, acho que a gente tem mesmo é que colocar o coração pra fora, mergulhar de corpo inteiro, ser intenso e profundo. Às vezes as decepções e os machucados acabam sendo consequência, mas no final das contas, a gente aprende com essas contrariedades também. Se mesmo com toda intensidade, mesmo que algo tenha sindo intimo ou significativo demais, e ainda assim, tenha acabado porque o outro decidiu cair fora, ou porque o outro preferiu se afastar sem dizer o motivo, você não precisa forçar pra ter respostas e entender a fuga do outro. Às vezes tudo que você precisa é aceitar e seguir em frente. Às vezes o silêncio do outro também é uma resposta.

Pessoas vão fugir de você, pessoas vão sumir da sua vida. E olha, se você não se acostumar com isso, cê tá fo#ido. Por isso, segue o baile.








Sou recifense, 24 anos, apaixonado por cafés, seriados e filmes, mas amo cervejas e novelas se houver um bom motivo pra isso. Além de escrever em meu blog pessoal e por aqui, escrevo também no blog da Isabela Freitas, sou colunista do Superela e lancei o meu primeiro livro em Novembro de 2014 pela Editora Penalux. .