“…Que tipo de homem você é? Se é que você realmente é um…”
Porque homens de verdade não saem por aí pisando na alma de garotas perdidas em noites escuras ou solitárias. Homens de verdade te olham nos olhos e costumam sorrir verdades pelas íris enquanto te deixam na porta de casa ou te oferecem o casaco em dias gelados. Homens não são aquilo que dizem, eles são aquilo que fazem. E quantas vezes eu tive que te dizer isso. Por#a, quantas vezes eu tive que olhar na tua cara e engolir a seco as tuas mentiras jogadas no ventilador como um odor que se espalha incessantemente sem sinal algum de partida.
Mas você fez de novo. Fingiu ser a por#a do cara perfeito e pisou na minha alma como alguém que limpa os pés sujos no tapete da porta de frente. Insistiu no mesmo erro. Insistiu no mesmo ser. Morreu mesma estrada asfaltada. Mas convenhamos, você sabe atuar este papel de mocinho comportado muito bem. Quem sabe não tenha um personagem assim bem “filha-de-uma-p” para você interpretar na próxima temporada de; “Como-acabar-com-o-coração-de-garotas-romanticamente-burras.”
Mas que tipo de homem você acha que é?
Você não vê?
Não percebe?
Que não existe verdade em você.
Como você veio parar aqui?
Eu costumava te conhecer tão bem, ou achava que sabia…
Eu estava tão cega, tão certa de você. Mas vou te apagar das minhas memórias, dos meus pensamentos, das minhas profundezas… E aos poucos… Você vai se afogar nas suas próprias mentiras. E não haverá ninguém para te salvar, ninguém para te ouvir, ninguém por perto. Pois até o teu afogamento. Soará como uma mentira.