Foram tantas as dores que carreguei nos ombros e ninguém ofereceu-se para me ajudar. Tantas pessoas disseram que não ia dar certo aquele meu sonho de ser quem eu realmente queria ser, e novamente, ninguém estava ao meu lado para me dizer que tudo iria dar certo. Tantas foram as vezes em que fracassei e derramei inúmeras lágrimas por não acreditar em mim, mas novamente, não havia ninguém por perto para me dizer que tudo ia ficar bem.
Chorei baixo!
Gritei tão alto!
Xinguei o mundo!
Agredir a minha alma!
Duvidei das minhas palavras!
Desacreditei do meu próprio coração.
Tempos depois…
Sentei-me nas areias de um bonito e calmo horizonte alaranjado e fitei as estrelas.
Tão belas e cintilantes em meio a toda aquela imensidão escura.
Quanta metáfora!
Pensei.
Percebi naquele momento que mesmo a mais profunda escuridão que existe por aí afora, pode ser vencida por um simples frasco de luz.
Então selei os meus olhos e agradeci a Deus naquela noite na esperança de que tudo ficasse bem amanhã de manhã.
Enquanto o sol nascia no horizonte alaranjado trazendo o seu brilho refletido sobre os meus olhos, Deus continuava me escutando após horas e horas dentre nossos diálogos particulares. E eu achara aquilo incrível.
Deus tinha tantos problemas para resolver, tantas pessoas para escutar, mas mesmo assim, naqueles longos e profundos instantes, ele decidiu escutar as minhas contrariedades e insistiu em me ajudar a reconstruir o meu mundo.
Quanto amor!
Pensei.
Mais uma vez então eu olhei para o céu, observei as estrelas e pensei comigo:
Cara, Deus não existe.