Você é inteira, sabe isso? Você sabe seu lugar e nunca se julga melhor do que os outros. Você contorna as situações com equilíbrio e generosidade, você é justa diante das atrocidades do dia a dia. Você é humana, humanitária, humanizada. Você é tudo o que o egoísmo não é. E só isso já lhe faria diferente de tudo o que já vivi.

O mistério da vida ficou um pouco menos complexo depois que você chegou. Tem muitas coisas que ainda não entendo, mas já percebo tantas outras que fica mais fácil enfrentar as dores do mundo. É que você tem o melhor abraço que eu já recebi, os mais macios braços e os laços inteiros, doces, esperançosos.

Gosto do seu riso fácil diante da simplicidade e de como consegue fazer tudo ficar mais singelo. Aprendo tanto desde a primeira vez que lhe vi, moça. Aprendo, por exemplo, a olhar as coisas de uma maneira mais bonita, como se vestisse um óculos com seus olhos – que transformam tudo sempre.

Gosto da forma como você se coloca diante da vida, como ignora os desafetos com elegância, mas não deixa de chorar por conta da mágoa que ainda carrega aí dentro. Adoro o jeito carinhoso que me percebe, que me recebe, que me propõe todos os dias que acorda ao meu lado.

Você me ensinou que a pessoa dos nossos sonhos não existe, mas que sempre há um coração vagando bem próximo do nosso, um peito aberto e pronto pra colar, pra bater, pra bombear junto. É ao seu lado que entendi a composição do sol e o gosto viciante de um beijo bom.

Você não é apenas linda da cabeça aos pés, você é toda especial por dentro. Seu cheiro, seu gosto, suas ideias. Além de tudo, tem essa maneira inteligente de lidar com as pedras no caminho, fazendo-as de enfeite para cada passo que você dá – e que agora me leva junto.

Você é inteira, sabe isso? Você sabe seu lugar e nunca se julga melhor do que os outros. Você contorna as situações com equilíbrio e generosidade, você é justa diante das atrocidades do dia a dia. Você é humana, humanitária, humanizada. Você é tudo o que o egoísmo não é. E só isso já lhe faria diferente de tudo o que já vivi.

Mas você é muito mais.

Adoro como zela meu sono, cobre meus pés e me permite cuidar de tudo o que você é quando abre os olhos. Saiba que a melhor hora da manhã é quando faço seu café com aquela uma gota de adoçante – que não adoça nada, pois você já é doce.








Não nasci poeta, nasci amor e, por ser assim, virei poeta. Gosto quando alguém se apropria do meu texto como se fosse seu. É como se um pedaço que é meu por direito coubesse perfeitamente no outro. Divido e compartilho sem economia. Não estou muito preocupada com meus créditos, eu quero saber mesmo é do que me arrepia. Eu só quero saber o que realmente importa: toquei alguém? É isso que eu vim fazer no mundo.