Eu não sei se isso acontece com você ou apenas comigo, mas vira e meche, tenho a sensação de não estar nesse mundo, sinto não pertencer a ele. Chego a ter certeza que sou, “do outro mundo”, um outro, que ainda desconheço, mas que costumam chamar de ‘mundo da lua’.
São tantos os conflitos mesquinhos que nos deparamos por onde temos que frequentar cotidianamente, que o abalo psicológico para quem “não pertence a esse mundo” é muitooooo desgastante e sofrido.
Essas tristes situações nos fazem querer ser de outra espécie, que não, a espécie humana. São demasiadas e extremadas… em um ambiente impregnado de seres humanos tolos, competitivos e vaidosos… Ah, esqueci dos arrogantes, prepotentes, intimidadores e grosseiros.
Acordo e penso que algo deve ter sido feito errado no meu planejamento terreno, não pode ser que eu tenha escolhido por livre vontade vir para cá. Não imaginam quão duro foi quando percebi, ainda menina, que aqui existem, aos montes, seres que se utilizam da esperteza da Raposa e que pensam que todos os outros são antílopes indefesas, bobas e facilmente descartáveis… por isso e tão somente, definitivamente… prefiro viver no meu mundo da lua, a ser desse mundo!
O problema é que, vira e meche, alguns desses seres desse mundo, começam a agir de uma maneira tão ardilosa que eu não tenho outra opção a não ser me posicionar e deixar o meu mundo ideal para vir aqui ter com eles um papo franco e honesto.
E eu digo: Meu amigo, não tenho tempo para as suas cenas de novela mexicana, tenho muito a fazer em dimensões que não se assemelham a essa vibração que você transmite!
Faço uma oração, vibro positivamente e imagino uma água limpinha e refrescante limpando toda a minha alma dessa graxa, que esses indivíduos, tentam impregnar em mim quando passam…
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Depois que retorno ao meu mundo… sinto que finalmente estou em paz! Que nenhum mal pode me atingir… e passo a me alienar novamente… Porque não permaneço onde a vibração é baixa, onde a inveja e a vaidade dão guarita ao ego, onde o amor é disfarce para a posse e principalmente… para o controle da vida alheia…
É desgastante demais ter que viver do modo que os outros querem que eu viva para agradar “outros” que fizeram planos e estabeleceram padrões que não condizem com o que eu sou de verdade!
Nesse mundo eu não permaneço… Prefiro gastar minhas horas em sono útil, mesmo que aparentemente acordada… lá no meu mundo da lua!
Lá, não me chamam de louca, me elogiam por eu ser “AUTÊNTICA”. Não me agridem quando quero expressar uma opinião contrária, pelo contrário, me acolhem, escutam com atenção e reaviam suas próprias posições, porque valorizam o pensamento e o sentimento de todos. Se por acaso eu cometo um erro ou um deslise, uma pessoa com uma fala mansa e amigável, vem até o meu encontro afim de me ajudar a entender os pontos obscuros que eu ainda não consigo acessar!
Lá, a verdade pode ser dita. O amor é o caminho e a vida, e o autoconhecimento é o único remédio receitado!
Lá, me encontro inteira em meio as minhas metades ainda desconectadas. E, sei, que hoje eu só quero estar lá, mas entendo a necessidade de estar aqui, de vez em quando… Mas só de vez em quando…
Fiz a minha escolha, pode criticar se quiser, mas prefiro viver no meu “mundo da lua” e ser taxada de louca do que viver de aparências e ser normal na ótica daqueles que pertencem… e tomaram, literalmente, posse, desse aqui…
“Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante” Raul Seixas
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