Já fui marinheira de primeira viagem. Hoje já não balanço tanto assim. Eu aprendi a reconhecer os bons, os que não são passageiros.
Tenho o costume de sentir falta de pessoas importantes que de alguma maneira foram projeção de luz em minha vida.
E essas pessoas são raras.
Raras porque conseguiram fazer com que eu enxergasse o que há aqui dentro e não na distância do coração.
Eu tenho esse hábito de guardar com carinho esses momentos tão íntimos.
Sou um livro de cabeceira.
Minha história não se resume aos enganos, aos regressos, a tudo que vi partir.
Se resume em algo meu, a algo que guardei para um dia dividir com quem tem direito a um pedaço do meu céu.
Deve ser por isso que Deus sabe o que faz.
Eu aprendi a reconhecer os bons, os que não são passageiros.
Já fui marinheira de primeira viagem. Hoje já não balanço tanto assim.