Problemas entram em nossas casas, muitas vezes, sem serem convidados – e pior – às vezes os convidamos para entrar, mas preferimos fingir que não!

Existe um comportamento, claramente perceptível, entre os usuários de redes sociais: as frases motivacionais são sempre as mais curtidas, comentadas e compartilhadas. Que o diga padre Fábio de Melo, seu dom da palavra sempre toca o coração das pessoas. Mas, por quê?

A verdade é que estamos sempre passando por um momento de provação: algumas vezes, esses “testes da vida” são mais leves e nos exigem um exercício de paciência, mas em outros momentos, eles parecem ser como as “provas finais” e soam como tudo ou nada em nosso caminho!

Um parente mais complicado que perturba a paz familiar, a doença de alguém amado, uma dívida que parece não ter como ser quitada, um sonho interrompido bruscamente ou um desemprego que dura mais que o previsto, exigem de nós CORAGEM!

E como humanos que somos, antes da coragem, vem o medo!

Sair da nossa zona de conforto, mudar hábitos, ter que se esforçar em prol de algo que não se destina a nós, mas a alguém, se expor mais do que gostaríamos em determinadas situações, demonstram o que parece óbvio: a vida não é perfeita! E cobra de nós, diariamente, atitudes!

Por isso, o primeiro passo é aceitarmos que estamos passando por determinada situação.

É necessário sermos realistas!

Problemas entram em nossas casas, muitas vezes, sem serem convidados – e pior – às vezes os convidamos para entrar, mas preferimos fingir que não!

Realidade quando aceita, nos leva à parte mais dolorosa: se fazer de vítima ou pegar o boi pelo chifre, como diziam nossos avós! Ambas escolhas não são confortáveis e nem agradáveis!

Se vitimizar como se não pudesse fazer nada a respeito ou tornar-se uma leoa defendendo os filhotes?!

Vítimas, normalmente, estão hospitalizadas! Mas, leoas – mesmo feridas – podem salvar sua prole!

Em qual papel você deseja se colocar na sua vida?

A pessoa que está à deriva, sendo sacudida pelas ondas ou a que tenta remar até mesmo com os próprios braços? Vale chorar, enquanto rema? Vale!

Pode parar de remar por um tempo, por causa da dor nos braços? Claro que pode!

A questão é que escolher agir, não nos poupa a dor, as lágrimas e as frustrações, mas faz algo extremamente valioso: agir nos leva para um outro lugar e nos faz caminhar para um momento diferente!

Agir é como abrir um livro cujas páginas são lidas aos poucos. De repente: chegamos ao final! E na última página iremos perceber que algumas coisas ficaram pelo caminho, inclusive quem nós éramos no início daquela história!

As cigarras trocam a “casca” para crescer, lagartas não voam, por isso se transformam em borboletas e camaleões mudam de cor quando confrontam outros de sua espécie.

A natureza – da qual fazemos parte – demonstra como nascemos aptos para nos transformar e lidar com as adversidades.

E no caso de nós humanos, o único impeditivo vem da nossa mente: essa caixinha de asas grandes, e ao mesmo tempo, cercas fortes!








Jornalista, mineira e amante de uma boa prosa! Cris Mendonça escreve há mais de dez anos crônicas, contos e artigos sobre o nosso cotidiano, ao mesmo tempo tão simples e tão rico, sobre nossas relações e memórias afetivas, sobre humor e comportamento. Dicas de livros, filmes e séries também estão na pauta positiva da Cris.