Uma das coisas que mais me encabulam é o quanto de pessoas com potencial altíssimo para uma montanha de coisas existe neste mundo. Eu sou uma delas. Sei fazer várias coisas, aprendo rápido, sou abençoada por diversos talentos que me acompanharam a vida toda, mas, por querer fazer tudo, por querer sonhar alto, voar, mas não saltar, andei boa parte da vida por esse mundão completamente perdida.

Pareço lembrar de minha mãe dizendo: “filha, você é tão inteligente, cheia de talento, não entendo por que ainda não se decidiu e se tornou algo maior que poderia ser!”

Era verdade. Eu sempre tive talentos, mas não acreditava neles. Não acreditava em mim.

Hoje, eu vejo várias pessoas na mesma situação que eu e, posso te confessar aqui, entre nós, que foi uma ousadia tremenda eu ter publicado de forma independente meu primeiro livro e depois o segundo, até chegar ao terceiro e poder ter um lançamento descente, uma boa divulgação, noite de autógrafos e etc. Era um sonho.

Eu nem mesma sabia que esse era meu sonho até eu me analisar, me retorcer por muitos anos e manter boas e velhas histórias dentro de uma gaveta.

Mas por que eu não as tirava da gaveta? Por que eu não dizia ao mundo que eu poderia voar?

Porque eu nunca achava que estava pronto. Não estava pronto, nem perfeito.

Muitos foram os projetos soterrados por eu achar que eram besteira ou loucura da minha cabeça. Até eu ver alguém chegar com o mesmo projeto e fazer!

Acontecer!

Receber os louros, o prestígio…

Não pelo projeto ser mais incrível, por ter tido a coragem e ir lá e meter a cara! Fazer!

Não existe perfeição, é um fato. E enquanto ficamos mudando os detalhes do nosso sonho, projetando numa tela verde água, outros estão vivendo, realizando.

Eu arrisquei depois que alguém me disse que nada ficará perfeito enquanto eu não for lá e tentar. Mesmo que a ideia esteja incompleta, ela se aperfeiçoa no caminho.

A qualidade do que você criou ganhará formas muito maiores e bem feitas se estiverem em ação! Daí receberá críticas boas e ruins, mas que te ajudarão a moldar e realizar o seu sonho.

Já ouvi gente dizer que tem medo do que os outros dirão sobre suas ideias e sonhos. Já ouvi gente me dizer que o fracasso o apavora.

Me apavora também. Mas entendi, com muito custo, que ele é necessário porque, somente ele, irá te mostrar o caminho certo, a trilha perfeita para a realização de coisas que você nem sabia que queria!

Escuta, se você não for lá, alguém vai. Se você não disser para aquela pessoa que a ama, alguém irá dizer. Se não colocar uma ideia ou projeto em prática, alguém construirá o mesmo projeto, a mesma ideia e será ousado! Por que então ficar aí com tudo isso na gaveta?

Minha trajetória está apenas no começo, eu posso sentir isso.

Mas sei, que cada tropeço, cada fracasso, cada tapa na cara foi pra me lembrar que eu arrisquei, que eu fiz acontecer, que eu não sou do grupo de pessoas que observam seus sonhos pela vitrine ou pela tela de celular!

Eu fui, eu vou! E quero que você também vá e, se não der certo, reveja alguns pontos, faça alterações e volte para o ringue! No final, seu esforço terá valido a pena, criança!

Será só usufruir…








Escritora, blogueira, amante da natureza, animais, boa música, pessoas e boas conversas. Foi morar no interior para vasculhar o seu próprio interior. Gosta de artes, da beleza que há em tudo e de palavras, assim como da forma que são usadas. Escreve por vocação, por amor e por prazer. Publicou de forma independente dois livros: “Do quê é feito o amor?” contos e crônicas e o mais espiritualizado “O Eterno que Há” descrevendo o quão próximos estão a dor e o amor. Atualmente possui um sebo e livraria na cidade onde escolheu viver por não aguentar ficar longe dos livros, assim como é colunista de assuntos comportamentais em prestigiados sites por não controlar sua paixão por escrever e por querer, de alguma forma, estar mais perto das pessoas e de seus dilemas pessoais. Em 2017 lançará seu terceiro livro “Apaixonada aos 40” que promete sacudir a vida das mulheres.