Às vezes a vida nos prega peças, mesmo naquela gente que acredita ser forte, e tenta se munir de confiança, fé e coragem para enfrentar os problemas de frente.
Tentamos a todo tempo “segurar a onda”, mas de repente, algo problemático acontece e a gente cai, cai direitinho, acabamos sentindo que tudo dentro de nós se quebrou, e que não existirá mais conserto.
Mas, quem tenta ser forte por muito tempo e até consegue, por anos, se manter equilibrado e resiliente, de uma hora para a outra cai, mesmo já tento passado por coisas muito difíceis, independente do que se passa agora. E não cai por fraqueza… cai porque por muito tempo nutriu um certo orgulho, não se permitiu olhar para as suas dores e quis carregar o mundo nas costas. Achou que dava conta, acreditou que conseguiria resolver os problemas dos outros e os dele próprio, não buscou ajuda ou até buscou e não encontrou.
Agora sente a queda inevitável porque não confiou que os outros pudessem se resolver sozinhos, sofre porque não conseguiu delegar, porque acreditou que podia ser “o salvador da pátria” mas não é …
Os psicólogos chamam isso de “esgotamento psicológico”, mas eu percebo que esse esgotamento nasce do orgulho e da necessidade de controle.
Não sou psicóloga, sou jornalista, mas depois de muito estudar o assunto, acredito que posso falar com propriedade sobre algumas coisas. Não simplesmente porque leio muito, mas porque já sofri o tal “esgotamento”.
Teoricamente, esse esgotamento vem do nada e nos arrebata. O seu peso mental e emocional é descomunal, por isso nos derruba, demonstrando a nossa fragilidade. Mas isso não acontece do nadam, só acontece porque decidimos ser aquele que tudo provê, tudo ajuda, tudo auxilia… E isso muitas vezes não é sinal de bondade, é sinal de que nutrimos um orgulho e desejamos controlar a vida e os outros.
Só acontece porque abandonamos o que realmente importa para cuidar de coisas, pessoas e situações que estavam fora do nosso controle. Dessa forma, nos perdemos e dequilibrados mental e fisicamente, acabamos esgotando todas as nossas energias.
Geralmente, quem tudo faz e acaba esgotado emocionalmente, acredita que a sua energia é ilimitada e possui uma confiança excessiva em si mesmo.
Essa confiança exagerada leva a pessoa a se tornar quem tudo faz e essa postura chega a minar a confiança de quem está perto. Porque o outro não se sente tão apto a desenvolver uma ação diante das certezas e da extrema coragem de quem acha que dá conta de tudo. O outro acaba se intimidando e, principalmente (o grande dano), se confundindo diante das suas necessidades o que acaba o deixando extremamente inseguro.
Com isso, escolhe deixar tudo nas mãos desse, que se sente confiante para fazer e que tem grande vontade em ajudar. “Ah, deixa ele fazer, ele gosta!”, “Se a gente não deixar ele fazer e fizermos errado, ele vai pirar!”, pensam.
Uma pessoa aparentemente forte, acaba esgotada emocionalmente, porque, geralmente, é pouco tolerante ao erro alheio. Quando resolve delegar, fica em cima, não confia que vão fazer o que foi pedido, é adepta da máxima “se quiser que seja bem feito, faça você mesmo” e acaba pressionando tanto, que o inevitável acontece: o outro erra ou não consegue trazer o nível de excelência que ela desejava.
Toda paisagem nebulosa que ela havia traçado para o futuro daquele que não quis seguir suas normas, se concretiza, simples e tão somente porque a pressão que colocou no outro foi tão grande, que o outro acabou desacreditado. E assim, ela continua pegando pesos e tentando controlar tudo e todos.
Muitas vezes, se mete nos assuntos que não foi chamada. Quer saber de tudo da vida dos outros. Pega problemas que não são seus e tenta resolver sem ser solicitada, mais precisamente de pessoas próximas como filhos, pais, e amigos. Fica tentando mancomunar situações para que aquelas pessoas mudem de atitude ou façam o que ela quer que eles façam.
A pessoa que tenta ser forte o tempo todo, vive uma manipulação constante, mas não percebe e assim, uma hora as suas energias se acabam. Ela exige que os outros sejam tão bons quanto ela e não consegue aceitar que os outros são os outros e que devem ser respeitados em suas escolhas, mesmo que isso não seja o que ela entende ser melhor para eles.
Essa perda de energia constante, associada ao orgulho e ao controle excessivo, leva a pessoa ao tal “esgotamento psicológico e emocional”.
A perda de energia leva a perda de vitalidade, que leva a irritabilidade, a insônia… causada pelas preocupações e pela raiva que se acumulam durante o dia.
Essa perda de motivação, a lentidão dos pensamentos e as falhas de memória fazem com que até os mais fortes, caiam.
Mas vocês conseguem perceber que ela não caiu por fraqueza?
Caiu porque não buscou ajuda para si mesma e porque quis controlar a vida e os outros. Porque não acreditou que suas energias poderiam acabar um dia. Porque quis ser um Super Homem ou uma Super Mulher.
Qual o seu maior defeito pessoa forte? “Eu sou muito perfeccionista!”, responde.
Geralmente, são pessoas excessivamente preocupadas e precisam que você entenda “alguma coisa”, que você, com certeza, não quer entender.
Muitas acabam abusando, passando dos limites do que é ser “prestativo e leal”, para serem “invasivos” e controladores, “orgulhosos e presunçosos”, pois acreditam saber mais, acreditam que o outro é sempre mais fraco e ignorante, que o outro é frágil, e que por isso, não conseguem confiar e deixar ele agir como bem entender.
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O esgotamento começa a dar sinais quando sentem que estão perdendo o controle… os pensamentos ficam acelerados a tentar arrumar uma fórmula para fazer as coisas e as pessoas seguirem as suas normas.
Sabe como eu sei disso?
Eu sei porque por muito pouco, sofri um “esgotamento psicológico”, e só consegui evitar porque reconheci a tempo que eu estava sendo orgulhosa e controladora e que deveria imediatamente deixar de ser! Simples assim!
No outro dia que reconheci onde estava errando, já consegui dormir o sono dos justos. Liberei as pessoas para serem como elas desejavam ser, parei de fazer “tudo” pelos outros e passei a os motivar a fazerem por si e a acreditarem em si mesmos!
Algumas situações e pessoas, apenas deixe nas mãos de Deus:
Não é sinal de fraqueza confiar mais em Deus do que em si mesmo. Deixe Deus conduzir as coisas!
Você, definitivamente, não sabe o que é melhor para os outros, nem para si, só quem sabe, é Deus!
Pare de analisar, julgar ou culpar. Deus sabe o que cada um de nós precisa!
Agradeça a Ele pelo que Ele concedeu ao outro e a você, e aos ensinamentos que Ele está tentando te passar e que estão escondinas nas entrelinhas do seu livro da vida.
A gente só cai quando colocamos toda a confiança no ego e perdemos a confiança em Deus…E quando falo em Deus, não estou falando de religião, estou falando da energia criadora que vive dentro de nós.
Aprenda logo as lições que Deus quer te passar com essas situações que te desafiam! E pare de sofrer e de fazer os outros sofrerem com o “perfeccionismo”que deseja impor suas vontades.
Talvez por conta desse excesso de zelo e “amor”, mal-empregados você esteja se sentindo assim, fraca (o), desanimada (o), sem viço, e esteja vendo sua fé e confiança totalmente abaladas!
Repense sua forma de agir no mundo!
Repense sua forma de amar!
Repense a sua forma de ajudar!
Se o outro diz que não precisa, não faça!
Se o outro diz que não quer, não insista!
Se o outro diz que quer um tempo, dê a ele o tempo!
Se o outro diz que é capaz, acredite!
Seja forte e deixe o outro ser forte da maneira dele!
Viva a sua vida em paz! Não se precione para ser forte o tempo todo, foque no que importa e pare de querer controlar tudo. Procure sentir prazer nas coisas simples e renovar as suas energias!
Ser forte requer equilíbrio entre a mente, as emoções, o espírito e o corpo físico. Procure nnutrir todos eles, todos os dias porque esse é o segredo para se manter forte e ser feliz!
*DA REDAÇÃO RH. Texto de Iara Fonseca, jornalista, escritora, editora de conteúdo dos portais Resiliência Humana, Seu Amigo Guru, Homem na Prática, Mestre em Tarôt e facilitadora do método AUTOEXPANSÃO.
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