Diana Martin, de oitenta e cinco anos, morava em seu apartamento em Hanford há quase 14 anos. No início deste ano, o proprietário e vice-prefeito da cidade, John Draxler, disse que ela estava sendo despejada por compartilhar sua fé e se oferecer para orar pelas pessoas. Em conversas de acompanhamento, ele também acrescentou que sua idade contribuiu para o seu despejo.
Por Mikaela Mathews
Apesar de saber que seu aluguel estava totalmente pago e que ela não tinha para onde ir, Draxler mesmo assim, lhe disse para sair.
De acordo com a CBN News, “quando [Martin] começou a chorar, protestando que era inverno e ela não tinha filhos por perto, Draxler teria dito a ela que não era problema dele”.
Quando Martin se mudou há mais de uma década, e o complexo havia sido anunciado para moradores idosos. Mas, nos últimos anos, a gerência mudou e convidou pessoas mais jovens, removendo o maior número possível de residentes mais velhos, incluindo Martin.
Draxler também disse a Martin que ele acreditava que ela era incompatível já que atrapalhava os moradores quando lutava para manter seu espaço de estacionamento, pregando a sua religião.
Ela estava sendo transferida para outro apartamento distante da porta e ao lado de uma lixeira e estava preocupada com sua segurança, por conta dos homens de rua, que vinham muitas vezes perto da lixeira e já acreditava que essa mudança era uma tentativa de empurrá-la para fora.
O Pacific Justice Institute, uma organização de defesa legal sem fins lucrativos que luta pela liberdade religiosa, interveio para ajudar Martin.
Os advogados descobriram que Martin também não recebeu tempo suficiente para despejo. Desde então, registraram uma acusação de discriminação no Departamento de Emprego e Habitação da Califórnia.
“O que aconteceu com nossa cliente, Diana Martin, estava errado em muitos níveis”, disse o advogado da PJI, Matthew McReynolds, em um comunicado à imprensa.
“Ninguém deve ser despejado com base em sua expressão religiosa, mais especialmente, não uma bisavó idosa. Estamos esperançosos de que uma investigação do Estado e medidas corretivas garantirão que isso não aconteça com mais ninguém nesta comunidade”.
Foto: Andreea Popa / Unsplash
** Tradução e adaptação REDAÇÃO RESILIÊNCIA HUMANA. Com informações de Christian Head Lines