Existem muitas razões para celebrar o Natal. Tradicionalmente os religiosos cristãos comemoram o nascimento do menino Jesus, mas grande parte da população mundial é induzida a euforia das compras e se sente impelida a presentear os entes queridos por conta da figura emblemática e lúdica do Papai Noel. Um senhor, barrigudo, barbudo e de cara simpática que leva os mais pequenos ao delírio e faz a alegria dos comerciantes.

O conceito criado para essa data é que devemos celebrar em família. O simbolismo envolvendo os dois universos, tanto dos que adoram a Cristo e fazem suas celebrações espirituais, quanto dos que cultuam o simbolismo do Papai Noel nos direcionam para caminhos diferentes, mas com algumas semelhanças.

Os três reis magos presentearam o menino Jesus no ato do seu nascimento, é o que conta a história bíblica, e o Papai Noel presenteia as crianças do mundo todo. Essa é a tradição.

Mas toda essa tradição lúdica é capaz de despertar em muitos, os sentimentos de fraternidade, de amor, de solidariedade, de altruísmo e generosidade, que tomam conta das pessoas nessa época do ano.

É o momento de unir abismos e dar de nós aos outros.

Mesmo aqueles que já cresceram e não acreditam mais em Papai Noel, mesmo aqueles que não são cristãos e, por tanto, não seguem Jesus, aproveitam essa época em que a humanidade parece mais predisposta à união e aos afetos para repensar a vida e fazer um balanço do que foi bom e do que não foi tão bom assim.

Muitos buscam fortalecer os laços de amor e amizade, resolver desavenças, e gostam de celebrar a passagem de mais um Natal em família. Outros, acham tudo isso uma bobagem e uma grande maldade com aqueles que não possuem família, que passam por necessidades financeiras e por conta dessa história toda, acabam se sentindo solitários e fracassados, logo no final de um ano tão complicado.

Pensando nessas pessoas, muitos chegam a doar grandes quantias, outros fazem uma faxina de fim de ano e selecionam peças que nunca usam para levar a uma instituição de caridade, doam brinquedos, cestas básicas, e se sentem preenchidos fazendo o bem!

O Natal pode ser encarado como uma data comercial ou religiosa, mas ele passa uma mensagem positiva de confortar e acolher com amor.

Natal é oferecer sentimentos bons

Os presentes são meros símbolos para que possamos demonstrar que amamos, que nos importamos, mas não são fundamentais.

Muitas pessoas se estressam nessa época por conta da obrigação que sentem em ter que dar presentes para todos os membros da família e amigos. Eles se sentem obrigados a fazer “as compras de Natal”, e gastam mais do que podem, tanto dinheiro quanto tempo, pois passam os últimos dias do ano indo de loja em loja, em ambientes extremamente lotados, para não esquecer de presentear ninguém.

Outros não ligam para dar presentes aos outros, mas se sentem muito atraídos em presentear a si mesmos.

A atmosfera de compras meche com as pessoas! Assim como a caridade contagia muitos corações nessa época.

O Natal acaba sendo um argumento para estarmos com quem amamos!

Para que nos sintamos gratos pela fartura e pela abundancia que possuímos em nossos lares!

Quem possui um coração bondoso, quando percebe que muitas famílias não terão a mesma fartura em suas mesas, se mobiliza para ajudar como pode.

Mas quem possui um coração egoísta, olha para o quadro desolador de outras famílias e agradece por não ser ele naquela posição deplorável.

O Natal tem o poder de unir as pessoas em um ideal nobre, mas também causa sensações depressivas em muita gente!

Que nesse Natal possamos respeitar as crenças de cada religião, os sentimentos de cada pessoa, e que principalmente, passemos a nos respeitar, e identificar em nós o que deve ser iluminado.

Para aqueles que seguem Jesus Cristo, que comungam e compartilham as suas lições, chegou a hora de colocá-las em prática.

Ele pregava o amor, então ame!

Ele pregava a caridade, então doe!

Para aqueles que se comovem com o espírito de Natal e com a figura do bom velhinho, chegou a hora de fazer compras e presentear a todos então!

E quem não gosta de nada disso, é chegada a hora de se recolher, silenciar, ou se divertir, que seja, o que preferir! O ano está acabando, e fazer um balanço de tudo o que aconteceu é inevitável.

Lembrando sempre que devemos respeitar as crenças e as vontades de todas as pessoas não apenas na época do Natal, mas durante todos os dias do ano, sejam elas qual forem.

Não existe certo ou errado quando falamos em comemorar o Natal, existe sim, uma necessidade de cada um, e por conta disso, devem ser respeitadas!

Foto:FLICKR USER PAULISSON MIURA

*texto de Fabiano de Abreu – Doutor e Mestre em Psicologia da Saúde pela Université Libre des Sciences de l’Homme de Paris; Doutor e Mestre em Ciências da Saúde na área de Psicologia e Neurociência pela Emil Brunner World University;Mestre em psicanálise pelo Instituto e Faculdade Gaio,Unesco; Pós-Graduação em Neuropsicologia pela Cognos de Portugal;Três Pós-Graduações em neurociência,cognitiva, infantil, aprendizagem pela Faveni; Especialização em propriedade elétrica dos Neurônios em Harvard;Especialista em Nutrição Clínica pela TrainingHouse de Portugal.Neurocientista, Neuropsicólogo,Psicólogo,Psicanalista, Jornalista e Filósofo integrante da SPN – Sociedade Portuguesa de Neurociências – 814, da SBNEC – Sociedade Brasileira de Neurociências e Comportamento – 6028488 e da FENS – Federation of European Neuroscience Societies-PT30079.
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Fabiano de Abreu Rodrigues é psicanalista clínico, jornalista, empresário, escritor, filósofo, poeta e personal branding luso-brasileiro. Proprietário da agência de comunicação e mídia social MF Press Global, é também um correspondente e colaborador de várias revistas, sites de notícias e jornais de grande repercussão nacional e internacional. Atualmente detém o prêmio do jornalista que mais criou personagens na história da imprensa brasileira e internacional, reconhecido por grandes nomes do jornalismo em diversos países. Como filósofo criou um novo conceito que chamou de poemas-filosóficos para escolas do governo de Minas Gerais no Brasil. Lançou o livro ‘Viver Pode Não Ser Tão Ruim’ no Brasil, Angola, Espanha e Portugal.