“Eu te amo… desde que você faça o que eu quero!”

Quantas histórias você conhece de pais que deixam de auxiliar financeiramente os filhos que não fizeram a faculdade que eles escolheram, ou o curso que sonharam?

Quantos deixaram de falar com os filhos que escolheram mudar de religião ou namorar alguém que não foram eles que selecionaram?

Quantos tratam o filho com indiferença por não seguir os padrões da família?

Quantos tomam como castigo o fato do filho ter uma opção sexual diferente do que esperavam?

Todo mundo já ouviu ou viveu alguma história assim. E isso é muito triste, eu sei.

Pessoas que manipulam emocionalmente seus filhos para conseguir que sigam a vida que eles planejaram para estes. Desconsideram o livre arbítrio, as escolhas, as preferencias, as individualidades de cada um.

Se você não entende que seu filho é um ser que vai crescer, criar a própria identidade, fazer as próprias escolhas, errar e acertar, ter preferências políticas e religiosas que podem ser bem diferentes das suas, você definitivamente não está pronto para ser pai ou mãe. E, principalmente, não entende de amor.

Isso acontece também em relacionamentos românticos.

Pessoas que começam a se relacionar com outras acreditando que elas vão mudar seus valores e princípios para ficar com elas. Caso contrário, o relacionamento vira um inferno ou acaba.

Recentemente, ouvi a história de uma mulher que casou com um rapaz de outra religião acreditando que ele mudaria de fé e amigos após o casamento.

Ela chora copiosamente toda vez que ela sai para as reuniões, ainda que sejam beneficentes. A vida dos dois virou um inferno porque, na cabeça dela, se ele não mudar para a religião dela, não a ama, e ambos vão para o inferno.

Quantas amigas você conhece assim: acreditam que o traidor, o mentiroso, o manipulador … vai mudar e vivem fazendo jogos dos mais variados tipos para transformar esse parceiro no que elas sonharam?

Quantas vezes você já viu pessoas usarem os filhos para conseguirem atenção, presença e etc do parceiro ou ex parceiro?

Parecem coisas bem diferentes, não é? Mas, acredite, todas elas tem uma coisa em comum: em nenhuma dessas relações existe amor verdadeiro.

Quando você ama de verdade, respeita o outro exatamente da forma que é. Incentiva e o apoia para que seja feliz.

Admira a sua individualidade, apoia suas escolhas.

Aconselha, mas não tenta impor sua visão de mundo.

Acolhe, mas não domina.

À partir do momento que você deseja mudar completamente o outro, você não o ama mais.

Entenda, não estou falando de ajudar o outro a corrigir falhas que ele deseja, mas de tentar transformar o outro em uma pessoa diferente da que realmente é.

Você está tentando tirar dele as coisas que o tornam único e especial no universo e isso é catastrófico.

Relações amorosas ruins, casamentos falidos, filhos que odeiam os próprios pais e fazem questão da distancia…

Que tipo de vibração estas pessoas estão emitindo e atraindo?

Qual a chance de qualquer um dos lados serem extremamente infelizes e adoecerem?

Muito, muito grande.

“EU TE AMO TANTO! MAS SÓ SE VOCÊ FIZER E FOR COMO EU QUERO!” Que amor egoísta, não acha?

Ame as pessoas como elas são!

Todos somos especiais e estamos aqui com um propósito.

Deixe que este propósito seja encontrado e desenvolvido, com ou sem você por perto.

O que eu quero para o outro, não necessariamente será bom para ele!

Devemos deixa-lo livre para escolher! Isso é amor!

Tenha certeza de que criaremos seres humanos muito mais felizes.

O Universo agradece!








Toda mulher merece a chance de recomeçar e ser feliz! ? Autora dos livros: "O diário da Ana"; "Do fundo do poço ao topo da montanha"