Tempo de reflexão, atitude e mudança, levará para a verdadeira evolução.
Não basta evolução tecnológica, o mundo precisa que nós evoluamos como seres humanos.

Quem não conhece alguém que tenha feito ou esteja fazendo algum sacrifício durante a quaresma. Até nós mesmos já fizemos algum ou alguns.

É um período importante de um significado ímpar e de introspecção, onde procuramos ter uma comunhão ainda maior com Deus, bem como procuramos ser seres humanos com menos falhas.

Todos os dias deveríamos nos esforçar um pouco mais para sermos pessoas melhores.

Deveríamos sempre procurar fazer o bem.

Deveríamos sempre olhar o lado bom das pessoas, deixando seus defeitos de lado.

Deveríamos sempre ter compaixão.

Deveríamos sempre ser solidários.

Deveríamos jejuar sempre que possível.

Deveríamos orar.

Deveríamos sempre exercitar a caridade.

Deveríamos conversar mais com Deus, contando-lhes sobre nosso dia, falando das nossas preocupações, angustias, tristezas, alegrias, anseios e sonhos.

Deveríamos agradecer mais do que pedir.

Deveríamos aceitar mais os desígnios de Deus sem questionar.

Deveríamos conformar mais com nossas vidas e queixar menos.

Deveríamos viver de forma mais leve e feliz.

Deveríamos aprender a parar de sofrer tanto por causa de pouca coisa.

Deveríamos parar de querer sempre mais e mais.

Deveríamos sorrir mais.

Deveríamos apreciar tudo que é belo, por menor que seja.

Deveríamos complicar menos.

Deveríamos ser mais simples e humildes.

Deveríamos ser mais gentis e educados.

Deveríamos ser verdadeiros e sinceros.

Deveríamos aprender a saber falar com jeito, sem ofender ninguém.

Deveríamos parar de atirar pedras em quem nos causa dor.

Deveríamos perdoar sempre.

Deveríamos dialogar mais do que impôr.

Deveríamos ouvir mais do que falar.

Deveríamos aprender a chorar mais, porém para as pessoas certas.

Deveríamos poder confiar mais nas pessoas.

Deveríamos deixar as máscaras de lado.

Deveríamos parar de instigar a discórdia.

Deveríamos parar de fazer intrigas.

Deveríamos parar de puxar o tapete do outro.

Deveríamos parar de invejar.

Deveríamos parar de desejar o que é do outro.

Deveríamos admirar mais.

Deveríamos evitar todos os excessos e viver de forma serena e equilibrada.

Deveríamos deixar a preguiça de lado e nos esforçar mais.

Deveríamos deixar para lá as futilidades.

Deveríamos dar mais importância ao essencial que é invisível aos olhos.

Deveríamos evitar os grupos de fofocas.

Deveríamos olhar para nossas próprias vidas.

Deveríamos deixar de julgar o próximo.

Deveríamos parar de reclamar, implicar, intrometer na vida alheia, falar palavrões.

Deveríamos deixar os vícios de lado.

Deveríamos ter mais paciência e tolerância.

Deveríamos ter mais disposição para enfrentar e vencer os desafios.

Deveríamos ter mais força e não nos deixar abater por nada.

Deveríamos respeitar todas as pessoas.

Deveríamos parar de pecar.

Deveríamos dar mais carinho e atenção.

Deveríamos amar mais.

Pois, dessa forma estaríamos plantando uma boa semente que germinará e dará bons frutos no tempo certo. É a Lei do Retorno.

Pratique o bem sempre.

Então!

Vamos começar a ser do bem e fazer sempre o bem?

Vamos refletir nessa quaresma e nesse período de quarentena e de afastamento em virtude do coronavírus em tudo que pode ser mudado em nossas vidas?

Não importa o quanto errou.

Ninguém é perfeito.

Vamos viver de forma plena.

Vamos tomar uma atitude.

Vamos aproveitar essa fase para começar uma vida nova.

Vamos nos reinventar.

Vamos viver uma nova vida.

Uma vida diferente com mais sentido e cheia de significado.

Vamos parar de viver por viver.

Vamos viver de uma fé de verdade, de entrega total e incondicional para Deus, para que seja feita a sua vontade e não a nossa, pois só Ele sabe o que é melhor para nós.

Sem Deus não somos nada.

Sem Deus não somos ninguém.

O mundo precisa urgente de mudanças e essas mudanças, começam por nós mesmos através das nossas boas ações e dependem acima de tudo de fé.

Vamos começar agora mesmo?

Vamos aproveitar tudo o que tem acontecido para começar a fazer a diferença?

Vamos nos abrir para a vida plena, pois é essa que valerá a pena ser vivida.

Quaresma e quarentena, tempo de reflexão, recomeço para uma vida plena.

Quarenta anos foi o tempo que o povo de Israel esteve no deserto, após sair do Egito e esperavam o momento de tomar posse da terra prometida que mana leite e mel, chamada Canaã.

Na travessia do deserto a esperança e o ânimo deram lugar ao desespero. O povo ficou desapontado e aflito e chegou a pensar em escolher um novo guia e a voltar ao Egito.

Uma travessia no deserto até a terra prometida que deveria ter durado apenas alguns dias, devido a dureza do coração do povo que estava liberto da escravidão do Egito e a sua incredulidade impediu que o poder de Deus operasse em menos tempo.

Mas, Deus se manteve fiel a suas promessas e durante todo esse período proveu água e alimento, por exemplo, o maná que caía do céu. Até mesmo carne foi providenciada pelo Senhor, no momento que caiu do céu codornizes (aves).

Não vamos deixar prolongar ainda mais os dias difíceis causados pela Covid-19, deixando-os mais pesados ainda, com nossas murmurações.

Vamos fazer nossa parte e confiar que venceremos mais um desafio. Vamos acreditar que sairemos melhores como seres humanos, mais fortes, mais maduros e mais evoluídos em todos os sentidos, pois não basta apenas evolução tecnológica.

Vamos guardar nossas energias para quando tudo acabar e assim retomarmos nossas vidas com um novo olhar para o mundo, dando mais ênfase para tudo o que realmente tem valor.








Idelma da Costa, Bacharel em Direito, Pós Graduada em Direito Processual, Gerente Judicial (TJMG), escritora dos livros Apagão, o passo para a superação e O mundo não gira, capota. Tem sido classificada em concursos literários a nível nacional e internacional com suas poesias e contos. Participou como autora convidada do FliAraxá 2018 e 2019 e da Flid 2018.