Reciprocidade é algo que todo mundo procura. Isso basicamente parte de um desejo de aceitação e do medo da rejeição, coisas que nos acompanham desde a pré-escola quando iniciam as relações fora do nosso círculo familiar.

Ser recíproco é igualar os sentimentos, é a confirmação de que você e o outro estão na mesma frequência emocional e isso de certa forma conforta e alivia o coração que sempre cria expectativas sobre o outro.

Quando se está apaixonado, por exemplo, a sensação é de total exposição, de estar desprotegido, vulnerável. Se espera do outro a cobertura dessa nudez, e quando não encontra, a sensação é de medo, insegurança, vergonha e revolta. Mas calma! Proteja-se e ame-se. Saiba que o amor genuíno é aquele que não espera ser correspondido, ele apenas é. Este amor é real.

Nem sempre haverá reciprocidade, e está tudo bem também. O outro é livre para não sentir na mesma intensidade ou simplesmente não sentir.

Ninguém é obrigado a amar porque está sendo amado. Pode também ocorrer uma demora para o despertar do sentimento, cada um no seu tempo. Não há necessidade de ser recíproco quando não é verdadeiro.

É preferível haver sinceridade que atenção por pena. É melhor quando é de verdade.

O sentimento que nutrimos por alguém é tão nosso quanto as batidas do nosso coração. Claro que ser correspondido torna tudo mais fácil, as emoções também se intensificam. Mas aquele sentimento novo que nasceu não deve ser menosprezado ou deletado porque o outro não está sentindo junto. Caso não consiga lidar com isso, busque transformar esse comichão no peito e canalize em outras coisas que sejam benéficas a você. Inspire-se pelas emoções.

Reciprocidade deve ser solta, leve. Forçar é ir contra a natureza do sentimento.

Pode ocorrer também do outro não estar no seu momento, por alguma razão não querer abrir o coração. Ninguém sabe o que se passa no universo de cada um. Respeitar os sentimentos tanto os seus quanto do outro é essencial e transformador. Isso chama-se inteligência emocional. Não, não é fácil, mas essa é uma das matérias que a gente aprende e reaprende na escola da vida, até ficar claro.

Não dependa do sentimento do outro para amar. Ame sem esperar. Se houver reciprocidade, melhor ainda, só não tenha medo de sentir.








É jornalista, atriz e tem a comunicação como aliada. Escritora por natureza, tem mania de preencher folhas brancas com textos contagiados por suas inspirações.