Neurocientista revela que dor de amor pode causar disfunções nos neurotransmissores cerebrais.
Toda vez que você sente algo, seu corpo inicia uma mudança fisiológica, uma liberação química e uma resposta comportamental. Esse processo envolve vários processos trabalhando juntos, incluindo os principais órgãos, neurotransmissores e o sistema límbico.
As partes do sistema nervoso que mais afetam as emoções são os lobos frontais e a amígdala. O córtex frontal é geralmente associado a sentimentos de felicidade e prazer. A amígdala é geralmente associada a sentimentos de raiva, medo e tristeza.
Quando acontece um término, uma traição, uma dor latente de amor, a amígdala é a primeira a dar sinais de disfunção.
Detalhar como o cérebro funciona em um relacionamento não é tão simples, pois depende não só do sentimento da pessoa, como também, de outros fatores como a personalidade e inteligência dos indivíduos.
Estes também interferem em como o cérebro funciona no relacionamento. Portanto, qualquer receita de bolo para este título estaria equivocada. Mesmo assim, vou selecionar alguns fatores que podem acontecer em diferentes casos no relacionamento.
As emoções estão intimamente ligadas com o funcionamento cerebral que, quando está “apaixonado” apresenta altos níveis de dopamina que pode levar o cérebro a considerar o sentimento como um vício.
Já ouviu dizer que a paixão é passageira? Isso é crível porque é uma emoção de alta intensidade. A paixão ocasiona estados de hiper motivação, perda da razão, estresse, dependência, obsessão e compulsões […] já no amor, libera a oxitocina, também liberado no parto ou nas reações íntimas. Ele está relacionado a vínculos mais duradouros. Assim como a vasopressina, este hormônio aumenta a pressão sanguínea, por isso amar faz bem.
O amor é um dos sentimentos mais desejados e um dos que proporciona mais reações prazerosas no cérebro, mas e durante um término? Como o cérebro reage?
A dor não é passageira, ela pode se tornar o motorista da sua vida, se você não a tratar com responsabilidade.
Quando a decepção acontece e o amor não acontece, a ansiedade aumenta e envolve constantemente a amígdala cerebral que, sem um tratamento efetivo, com o passar do tempo, coloca a pessoa em um sentimento de infelicidade e causa disfunção generalizada em diversos neurotransmissores.
É preciso trabalhar as emoções de dor, raiva, medo e trsiteza após um término onde houve sofrimento, traição, decepção e que deixou feridas abertas.
Não se deve apenas “deixar pra lá”, ou a pessoa que sofreu a dor inesperada, poderá mergulhar em um profundo desânimo, que a levará a desacreditar do amor.
Texto de Fabiano de Abreu Rodrigues, PhD, neurocientista, neuropsicólogo, biólogo, historiador, jornalista, psicanalista com pós em antropologia e formação avançada em nutrição clínica. PhD e Mestre em Ciências da Saúde nas áreas de Psicologia e Neurociências pela EBWU na Flórida e tem o título reconhecido pela Universidade Nova de Lisboa; Mestre em Psicanálise pelo Instituto e Faculdade Gaio/Unesco; Pós Graduação em Neuropsicologia pela Cognos em Portugal; Pós Graduação em Neurociência, Neurociência aplicada à aprendizagem, Neurociência em comportamento, neurolinguística e Antropologia pela Faveni do Brasil; Especializações avançadas em Nutrição Clínica pela TrainingHouse em Portugal, The electrical Properties of the Neuron, Neurons and Networks, neuroscience em Harvard nos Estados Unidos; bacharel em Neurociência e Psicologia na EBWU na Flórida e Licenciado em Biologia e também em História pela Faveni do Brasil; Especializações em Inteligência Artificial na IBM e programação em Python na USP; MBA em psicologia positiva na PUC. Membro da SPN – Sociedade Portuguesa de Neurociências – 814; Membro da SBNEC – Sociedade Brasileira de Neurociências e Comportamento – 6028488; Membro da FENS – Federation of European Neuroscience Societies – PT 30079; Contato: [email protected]
*Foto de Sharon McCutcheon no Unsplash.
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