Freud disse “Quando Pedro me fala sobre Paulo, sei mais de Pedro que de Paulo”

Freud disse “Quando Pedro me fala sobre Paulo, sei mais de Pedro que de Paulo”

Freud disse “Quando Pedro me fala sobre Paulo, sei mais de Pedro que de Paulo”.

Podemos falar e agir com uma intenção amorosa e desprovida de qualquer julgamento, apenas expressando o que pensamos e sentimos com o amor que existe em nós, e mesmo assim, sermos interpretados de uma outra maneira, totalmente diferente daquilo que, a princípio, gostaríamos que tivessem entendido.

Porém, não podemos mensurar o que o outro vai entender do que falamos, muitas vezes, o entendimento do outro vai demonstrar os sentimentos que ele carrega dentro de si.

O mesmo acontece quando alguém fala algo ruim ou julga alguém, até mesmo, a nós mesmos, e desenvolve um pré conceito a respeito de quem somos.

A máxima de Freud fica ainda mais evidente quando a pessoa que nos julga, não nos conhece, nem ao menos, convive conosco e, apenas, cria fantasias a nossa respeito.

Quando recebemos uma comentário ofensivo, ou uma visão distorcida sobre nós, a nossa tendência é querer nos defender e mostrar ao outro que ele não está certo ao nos julgar de tal maneira. Acontece que, não importa muito o que, em verdade somos, quando alguém deseja nos pintar com as suas próprias tintas.

Essa pessoa que nos julga ou fala mal de alguém para nós, não está preocupada se ela está certa ou errada em seu julgamento, ela só está despejando os sentimentos que estão dentro dela.

Quando entendemos isso, percebemos que a máxima de Freud é atemporal, porque é facilmente perceptível que, quando uma pessoa fala de outra, existe algo muito dela, naquilo tudo que ela diz.

Para muitos, isso é obvio, mas nem sempre as pessoas se dão conta disso.

Tem muita gente por aí se perdendo em interpretações vazias que fazem sobre os outros, mas negando a verdade a respeito de si mesmas.

Desejam se autoafirmar e, com isso, procuram diminuir e invalidar a verdade alheia.

Mas a verdade é que, quando desmerecemos alguém, o estamos elevando, e acabamos, diminuindo a nós mesmos.

Quem faz isso, possui uma vontade inconsciente de não se importar com a opnião dos outros, no entanto, ainda é escravo do que os outros pensam.

Uma pessoa que fala e julga mal os outros, não consegue controlar esse impulso porque esse mal está fervilhando dentro dela. E quanto mais ela faz esse movimento de “vomitar” o mal que está dentro dela em quem está fora, mais esse mal cresce. E esse ciclo se torna crônico. A própria pessoa passa a se sentir mal na presença dela mesma.

Uma pessoa que cultiva o mal em seu interior, nunca vai gostar de ficar sozinha porque, quem ela se tornou, não é agradável nem a ela. Com isso, ela acaba desenvolvendo um medo absurdo da solidão.

Talvez, quando ela começar a olhar com bons olhos para os outros, esse movimento retorne a ela.
Assim que começar a olhar com ternura para os pontos de vistas diferentes, essa necessidade de falar mal dos outros, passará.

Mahatma Gandhi escreveu “O amor nunca faz reclamações; dá sempre. O amor tolera; jamais se irrita e nunca exerce a vingança.”

Quem fala mal dos outros, julga e interpreta as ações dos outros com maldade, infelizmente, não alimenta o verdadeiro amor dentro de si. E mesmo que essa pessoa negue, mesmo que ela diga que ama, ou já amou de verdade, isso é uma grande mentira que ela conta para os outros e para si mesma.

Porque ao falar mal dos outros, você diz mais sobre você, do que sobre os outros.

*DA REDAÇÃO RH. Texto de Robson Hamuche, idealizador do Resiliência Humana, terapeuta transpessoal e Constelador Familiar. Foto de Riccardo Pitzalis no Unsplash.

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Robson Hamuche é Terapeuta transpessoal com especialização em constelação familiar, compõe a equipe de terapeutas do Instituto Tadashi Kadomoto (ITK). É também idealizador e sócio-proprietário do Resiliência Humana, grupo de mídia dedicado ao desenvolvimento humano, que reúne informação de qualidade acerca de todo o universo do desenvolvimento pessoal, usando uma linguagem leve e acessível.