Aprender a honrar a história dos nossos ancestrais nos liberta da prisão que a nossa arrogância nos prendeu.

Os meus ancestrais foram obrigados a abandonar as suas casas durante a guerra, eles sofreram as mais difíceis limitações. Caminharam no deserto, por dias, por meses, sem saber onde eles iam chegar, se teriam comida, abrigo… muitos ficaram pelo caminho, outros, felizmente, conseguiram chegar a um destino, mas não falavam a língua, sofreram muitas privações, mas se eu estou aqui para contar essa história, é a prova de que eles venceram.

Por muito tempo, eu olhava para essa história da minha família e sentia dó. Esse sentimento de piedade, me coloca em um lugar de superioridade em relação a eles. Meu olhar era de pena, os via, como pessoas sofridas por causa da guerra.

Essa dó que eu sentia, me fazia pensar, inconscientemente, que eu era a grande e, eles, os pequenos. Depois que conheci a Constelação Familiar, eu entendi que, o sentimento de pena em relação eles, era uma desonra, e desonrá-los, me desarmonizava e me enfraquecia…

Eu sentia medo, não achava que eu era boa o suficiente, vivia me autossabotando, porque não sabia onde estavam as minhas forças. Minha vida começou a melhorar quando eu mudei o meu olhar diante da história dos meus ancestrais.

Quando eu passei a olhar para eles como grandes, e me colocar no meu lugar de pequena, eu senti a força que vem deles, eu comecei a beber da coragem que eles tiveram que ter, para superar todos os desafios que, na época, foram impostos a eles.

Eu percebi que, honrar e agradecer a história deles, era honrar e agradecer a minha história.

Percebi que, enquanto eu escolhia focar, apenas no sofrimento que eles passaram, eu criava ainda mais sofrimento em minha vida.

Quando reconheci a força que eles tiveram, eu me tornei, igualmente, mais forte.

Quando eu olhei para as qualidades deles, eu reconheci as minhas.

Quando eu assumi o meu lugar, eu me tornei inteira e pude oferecer os meus talentos ao mundo.

Eu aprendi que, esse movimento de honra aos meus ancestrais era um grande passo para a minha cura. E hoje, consigo olhar para eles com muito orgulho, sem tristeza, porque eles foram gigantes e, por causa da coragem deles, hoje, eu posso desfrutar da minha vida.

Muito sofrimento é evitado quando a gente aprende a se colocar no nosso lugar e, paramos de achar que somos melhores, mais preparados, mais esclarecidos e privilegiados do que aqueles, que vieram antes de nós.

Hoje sei que, se cada um de nós se preocupasse em ocupar o seu lugar, viveríamos todos, em perfeita harmonia.

Honre a sua história e agradeça a experiência de luta dos seus ancestrais. Esse movimento, vai te libertar das cadeias da arrogância que geram angustia, insegurança e ansiedade. Você vai se sentir mais forte depois desse movimento. Acredite.

Quando você passa a buscar forças nas suas origens, você assume o seu lugar no mundo.

*DA REDAÇÃO RH. Texto de Juliana Vasilian. Visite o seu Instagram @julianavasilian e o seu canal no Youtube Juliana é terapeuta transpessoal, especialista em Desenvolvimento Humano – Devolvendo o SORRISO DA ALMA
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Foto de Daniel Franco no Unsplash

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