Quem se ama, é capaz de amar incondicionalmente alguém, é capaz de se entregar por inteiro ao outro, mas jamais mendigar presença, conviver com ausência e receber metades. Quem se ama, entende que é preciso estar inteiro pra amar alguém, é preciso mergulhar por inteiro, se doar por inteiro, e jamais se acostumar ao desprezo, nem aceitar metades. Quem se ama, entende que desapegar vai ser preciso em algum momento, principalmente quando não existir mais sentido em ficar.

Quem se ama, vai bater na porta do outro pra fazer uma surpresa sem hora nem data marcada, vai ligar quando achar que alguém é realmente importante, vai se preocupar quando for preciso, mas jamais vai procurar alguém que só se distancia, jamais vai correr atrás de alguém que corre em direção contrária.

Quem se ama, dá a cara pra bater, mas não se mantém em pessoas que só decepcionam. Quem se ama, sabe que o amor tem que ser reciproco, e se não for, seguir será o melhor caminho. Quem se ama, vai abrir mão do que machuca, vai deixar que siga o que não mais protege.

Quem se ama, perdoa, porque entende que ninguém é perfeito. Mas não tolera repetições. Quem se ama, entende que é melhor escolher esquecer alguém que não vale mais a pena, que esquecer de si mesmo. Quem se ama não entra em joguinhos, e não aceita o orgulho como forma de amor próprio. Quem se ama, se cuida. E quem cuida de si mesmo com tamanha dedicação é capaz de cuidar do outro com toda força que carrega, com todo esforço que o amor exige. Quem se ama, tolera atrasos, mas não aceita descaso. Tolera cansaço, mas não aceita desprezo. Tolera erros, mas não aceita mentiras.

Quem se ama, é capaz de escolher outros caminhos e segui-los sozinho se for preciso. É capaz de sorrir sozinho e amar sem medida a si mesmo. É capaz de aceitar um fim, mesmo que isso doa, porque quem se ama, não fica em lugares que não é mais aceito, não permanece onde não é respeitado, muito menos, não caminha ao lado de alguém que só consegue dar tão pouco do que se pode receber em uma relação. Quem se ama, se basta. E se bastar já é o suficiente pra não aceitar metades ou qualquer outra coisa que chegue pra machucar.

 








Sou recifense, 24 anos, apaixonado por cafés, seriados e filmes, mas amo cervejas e novelas se houver um bom motivo pra isso. Além de escrever em meu blog pessoal e por aqui, escrevo também no blog da Isabela Freitas, sou colunista do Superela e lancei o meu primeiro livro em Novembro de 2014 pela Editora Penalux. .