BBB23:”A busca por audiência pode prejudicar a saúde mental dos participantes”, diz neurocientista
Reality utiliza técnicas para gerar estresse nos participantes, e pode gerar um dano definitivo na saúde mental dos confinados.
Uma nova edição do Big Brother Brasil acaba de estrear e já arrastou novamente multidões para o sofá para acompanhar um programa que diz apresentar interações reais que refletem a sociedade como um todo.
No entanto, existem técnicas que a produção do programa utiliza para manter os participantes mais “ativos”, que acabam estimulando o estresse, confusões e agitação execessivas.
Um dos métodos mais explícitos é o próprio cenário do programa, cheio de objetos, detalhes e cores que, com o passar dos dias, se tornam cansativas, e estressantes porque geram muitas informações ao mesmo tempo.
Desde quando foram divulgados os novos cenários do reality a internet notou o quanto o ambiente parecia caótico, muitas cores fortes, formas geométricas, objetos aleatórios e muita informação visual, o que incomodou alguns espectadores.
Ambientes como esse, com excesso de informações e desorganizados, induzem um estado de estresse no cérebro, que a depender do organismo e da personalidade, os efeitos podem se tornar definitivos e moldar a anatomia do cérebro por meio do desequilíbrio dos neurotransmissores.
A estratégia é usada para evitar o ócio, deixar os participantes mais agitados, animados, emotivos, estressados e sensíveis, o que colabora para gerar o entretenimento necessário para seu público através de crises de choro, conversas engraçadas, brigas, etc.
No entanto, fica a dúvida: Até onde essa estratégia midiática é válida? Já que, cientificamente, estará afetando o psicológico de quem é submetido a ela.
Como neurocientista, me preocupa essa busca desenfreada por audiencia, mesmo conscientes de que, essa quantidade de informações pode causar efeitos permanentes na saúde mental dos participantes.
Voce percebeu a mudança do cenário? Sentiu que os participantes estão mais pilhados e estressados? Comente aqui o que você percebeu.
Texto de Fabiano de Abreu Rodrigues, PhD, neurocientista, neuropsicólogo, biólogo, historiador, jornalista, psicanalista com pós em antropologia e formação avançada em nutrição clínica. PhD e Mestre em Ciências da Saúde nas áreas de Psicologia e Neurociências pela EBWU na Flórida e tem o título reconhecido pela Universidade Nova de Lisboa; Mestre em Psicanálise pelo Instituto e Faculdade Gaio/Unesco; Pós Graduação em Neuropsicologia pela Cognos em Portugal; Pós Graduação em Neurociência, Neurociência aplicada à aprendizagem, Neurociência em comportamento, neurolinguística e Antropologia pela Faveni do Brasil; Especializações avançadas em Nutrição Clínica pela TrainingHouse em Portugal, The electrical Properties of the Neuron, Neurons and Networks, neuroscience em Harvard nos Estados Unidos; bacharel em Neurociência e Psicologia na EBWU na Flórida e Licenciado em Biologia e também em História pela Faveni do Brasil; Especializações em Inteligência Artificial na IBM e programação em Python na USP; MBA em psicologia positiva na PUC. Membro da SPN – Sociedade Portuguesa de Neurociências – 814; Membro da SBNEC – Sociedade Brasileira de Neurociências e Comportamento – 6028488; Membro da FENS – Federation of European Neuroscience Societies – PT 30079; Contato: [email protected]
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