Nem Toda Paixão faz bem, algumas são apenas desvios morais.

A paixão, muitas vezes, é romantizada por muitas pessoas. Tem quem acredite que nossas paixões são virtudes, mas essa não é uma verdade absoluta. A confusão é feita por quem não conhece profundamente o conceito de virtude nem de paixão.

As suas paixões podem te impulsionar a agir, tem sim esse poder, mas não necessariamente, te levará a uma ação positiva. Existem paixões que são meros vícios emocionais, como por exemplo, a ira e a inveja, como bem disse Santo Tomás Aquino.

A paixão age como um fogo ardente que nos impulsiona a grandes feitos e nos faz sentir vivos. No entanto, será que todas as paixões devem ser seguidas? Será que algumas delas não podem ser meros desvios morais?

Nem toda paixão é nobre. Algumas são impulsos momentâneos, desejos egoístas ou até mesmo obsessões prejudiciais.

Quando nos entregamos cegamente a uma paixão, podemos sim nos desviar do caminho moral e ético.

Algumas vezes, nos apaixonar por algo ou alguém nos leva a escolhas questionáveis. Relacionamentos extraconjugais, vícios, traições e comportamentos antiéticos podem ser alimentados por uma paixão arbirária, ela pode obscurecer nosso julgamento.

Movidos por ela, tomamos decisões impulsivas, ignorando as suas consequências morais. Quantos crimes passionais foram cometidos em nome da paixão?

Se você é apaixonado (a) e isso te inspira a se mover e a realizar, apenas se pergunte:

As minhas ações estão sendo éticas? Elas estão alinhadas com os meus valores morais? Elas me levam a agir de maneira justa e compassiva?

Para finalizar deixo aqui a explicação de Santo Tomás Aquino, quando escreveu: “Por tríplice razão a virtude moral não pode ser paixão.

— Primeiro, porque a paixão é um movimento do apetite sensitivo. Ora, a virtude moral, sendo um hábito, não é movimento, mas antes, princípio do movimento apetitivo.

— Segundo, porque as paixões em si mesmas não implicam bondade nem maldade. Pois, o bem ou o mal humanos dependem da razão; por onde, as paixões, em si mesmas consideradas, implicam o bem e o mal, segundo convêm ou não a razão.

Ora, nada disto pode dar-se com a virtude, que só diz respeito ao bem.

— Terceiro, dado que, de algum modo, uma paixão diga respeito só ao bem ou só ao mal, contudo o movimento da paixão, enquanto paixão, tem o seu princípio no apetite, e o termo, na razão, para conformidade com a qual tende o apetite.

Ao contrário, o movimento da virtude tem o seu princípio na razão, e o termo, no apetite, enquanto movido pela razão. E por isso, na definição da virtude moral, se diz que é um hábito eletivo, consistente num meio termo, determinado pela razão, como o sábio o determinaria”.

Nem toda paixão merece nossa devoção inabalável. Algumas são apenas desvios morais, caminhos que nos afastam da retidão. Como seres racionais, devemos escolher com sabedoria e lembrar que, às vezes, a verdadeira virtude está em fazer o que é certo, mesmo que não seja o mais emocionante.

Foto de Andres Hernandez na Unsplash

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*DA REDAÇÃO RH. Texto de Robson Hamuche, idealizador do Resiliência Humana, palestrante, terapeuta, empreendedor e facilitador do Método Resiliência Sistêmica. VOCÊ JÁ VISITOU O INSTAGRAM E O FACEBOOK DO RESILIÊNCIA HUMANA?

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Robson Hamuche é Terapeuta transpessoal com especialização em constelação familiar, compõe a equipe de terapeutas do Instituto Tadashi Kadomoto (ITK). É também idealizador e sócio-proprietário do Resiliência Humana, grupo de mídia dedicado ao desenvolvimento humano, que reúne informação de qualidade acerca de todo o universo do desenvolvimento pessoal, usando uma linguagem leve e acessível.