Recentemente, uma pesquisa da Associação Americana de Psicologia, apontou que existe o favoritismo parental, mesmo com muitos pais e mães afirmarem amar todos os filhos igualmente.

Publicado na renomada revista científica Psychological Bulletin, o estudo revelou que as filhas mulheres e crianças agradáveis e esforçadas têm mais chances de ocupar o posto de “favoritas”.

Sobre o estudo

O professor Alexander Jensen, da Brigham Young University conduziu o estudo e analisou 30 artigos científicos, abrangendo dados de 19.469 participantes. A pesquisa buscou entender como fatores como ordem de nascimento, gênero, temperamento e traços de personalidade influenciam o favoritismo dos pais.

Os cientistas examinaram cinco aspectos principais:

  • Tratamento geral;
  • Interações positivas;
  • Interações negativas;
  • Alocação de recursos;
  • Controle parental.

Dessa maneira, o estudo desafiou uma hipótese inicial que sugeria que mães preferem filhas e pais, filhos. Contudo, foi revelado que ambos os pais preferem as filhas, independentemente do gênero do progenitor.

Além disso, crianças mais responsáveis e organizadas, também têm maior probabilidade de serem as favoritas. De acordo com Jensen, os pais podem ver essas crianças como mais fáceis de lidar, respondendo de forma mais positiva a elas.

Surpreendentemente, a pesquisa constatou que a extroversão não está diretamente ligada ao favoritismo, apesar de ser um traço valorizado socialmente.

Outro fator relevante foi a ordem de nascimento: filhos mais velhos tendem a ser mais autônomos e, consequentemente, recebem maior atenção positiva. Em contraste, filhos menos favoritos frequentemente relatam pior saúde mental e relações familiares mais tensas.

Impacto do favoritismo no ambiente familiar

O favoritismo pode gerar conflitos e afetar profundamente o bem-estar emocional das crianças. Portanto, Jensen ressalta que essa pesquisa é correlacional, ou seja, não determina as causas do favoritismo.

No entanto, fornece pistas sobre padrões familiares que podem ser ajustados para melhorar as relações.

Portanto, ao entender esses padrões, pais e cuidadores podem evitar essa desigualdade no tratamento dos filhos. Desse modo, garantindo que todos os filhos se sintam amados e apoiados.

Este estudo destaca a importância de os pais serem conscientes em suas interações, proporcionando equilíbrio e fortalecendo os laços familiares.

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