Um asteroide com potencial de causar grande destruição está chamando a atenção da comunidade científica. Nomeado 2024 YR4, o corpo celeste, com dimensões similares à Estátua da Liberdade, pode colidir com a Terra em 2032.
As chances de seu impacto são de 1 em 43, no entanto, o seu risco é suficiente para mobilizar estudos e discussões sobre possíveis estratégias de mitigação.
O que sabemos sobre o asteroide?
Em 2024, agências espaciais e especialistas em defesa planetária descobriram o 2024 YR4. De acordo com o Dr. Robin George Andrews, qualquer tentativa de desvio pode representar riscos adicionais.
Ele cita a missão DART (Double Asteroid Redirection Test), realizada em 2022, que conseguiu alterar a órbita de um pequeno asteroide com uma colisão controlada. No entanto, Andrews alerta que o sucesso do DART não garante que o mesmo método funcione para o 2024 YR4.
A complexidade do problema reside no tamanho e na composição do asteroide. Caso seja muito grande, uma única nave pode não ser suficiente para desviá-lo, exigindo múltiplas colisões bem coordenadas.
Além disso, fragmentá-lo de forma inadequada pode transformar um único impacto em múltiplos pontos de destruição. Dessa forma, aumentando a ameaça global.
Possíveis regiões de impacto
Pesquisadores como David Rankin, engenheiro do Projeto Catalina Sky Survey da NASA, identificaram um “corredor de risco” onde o asteroide pode colidir, abrangendo as seguintes regiões:
- América do Sul: Venezuela, Colômbia e Equador.
- Oceano Pacífico: áreas indefinidas de risco.
- Sul da Ásia: Índia, Paquistão e Bangladesh.
- África: Etiópia, Sudão e Nigéria.
No entanto, se o asteroide atingir a atmosfera terrestre, a explosão pode liberar energia equivalente a 8 milhões de toneladas de TNT. Assim, causando devastação em um raio de 50 quilômetros ao redor do impacto.
Estratégias para minimizar o risco
Uma alternativa considerada é o uso de ogivas nucleares para desviar o asteroide, abordagem controversa, porém viável. Outra estratégia envolve o aprimoramento de tecnologias de deflexão baseadas em colisões.
Enquanto isso, a NASA organizou uma equipe internacional de astrônomos para analisar detalhadamente o 2024 YR4 por meio do Telescópio Espacial James Webb. Os dados coletados serão cruciais para prever com mais precisão o impacto e planejar respostas eficazes.
Dado o nível de incerteza, Andrews enfatiza que a evacuação das áreas em risco pode ser a estratégia mais segura. A próxima aproximação do asteroide ocorrerá em 2028, fornecendo uma janela de oportunidade para estudos mais detalhados e possíveis testes tecnológicos.
Até lá, o 2024 YR4 continuará sob monitoramento, lembrando-nos da imprevisibilidade dos desafios espaciais e da importância da preparação global para eventos dessa magnitude.
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