O buraco na camada de ozônio, um dos maiores problemas ambientais das últimas décadas, está se fechando e pode desaparecer completamente até 2035.
De acordo com um estudo realizado pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), que analisou dados dos últimos 15 anos, há redução significativa da anomalia.
Essa é uma excelente notícia para a saúde do planeta, evidenciando que os esforços internacionais para banir substâncias prejudiciais ao ozônio estão dando resultados.
O que é a camada de ozônio e por que ela é importante?
A camada de ozônio é uma região da atmosfera terrestre situada entre 15 e 30 km acima da superfície. Sua função principal é absorver a maior parte dos raios ultravioleta (UV) emitidos pelo Sol.
Dessa forma, ela protege os seres vivos dos efeitos nocivos dessa radiação, como câncer de pele, catarata e danos aos ecossistemas marinhos.
No entanto, na década de 1980, cientistas descobriram um grande buraco na camada de ozônio sobre a Antártica, causado principalmente pelos clorofluorcarbonetos (CFCs).
Essas substâncias, encontradas em aerossóis, solventes e sistemas de refrigeração, reagiam com o ozônio na estratosfera. Assim, destruindo suas moléculas e comprometendo sua capacidade de filtrar os raios UV.
Como a humanidade agiu para resolver o problema
Em 1987, houve a assinatura do Protocolo de Montreal. Esse acordo internacional reuniu 197 países com o objetivo de banir o uso dos CFCs e outras substâncias destrutivas para o ozônio.
Com a redução global dessas emissões, cientistas começaram a notar melhorias na camada de ozônio. No entanto, devido à complexidade da atmosfera terrestre, as evidências ainda eram incertas.
Agora, com 15 anos de dados analisados, os pesquisadores do MIT confirmaram que o buraco está realmente diminuindo de forma consistente.
De acordo com a líder do estudo, a cientista Susan Solomon, se essa tendência continuar, o buraco na camada de ozônio pode desaparecer completamente até 2035.
Imagem de Capa: Canva