Depois de um tempo, a gente passa a perceber que não são todas as pessoas que se importam de fato conosco. A maioria só está mesmo curiosa. Comparam as suas vitórias e derrotas e acham que a vida é uma grande competição.
Não há nada mais triste que travar um combate de valores e potenciais que não seja aquele consigo mesmo. É sempre bom saber que a vida opera de forma abundante e ilimitada, por isso penso que é um grande descaso levar a vida no estilo migalhas.
Não observar a si próprio é andar num terreno desconhecido. É ser como um balde vazio quando há uma inundação de potencialidade por dentro. Baldes vazios fazem barulho, caem por si quando transportados, não sabem que para serem plenos é preciso se encherem dos próprios talentos. Ignoram quem são e por isso não se beneficiam da própria fonte. Não há uso das próprias qualidades, porque o que o outro faz ou realiza é sempre maior e mais interessante.
A inveja atrai olhares que não são de louvores. É a curva negativa que afugenta qualquer tentativa de admiração. Ela é a prima má que só sabe reparar e não se inspirar. Sim, e tem gente que torce mesmo pelo fracasso alheio.
Nem sempre nos agradamos com nossas próprias escolhas e realizações, imagina então agradar aos demais? Há também aqueles que não gostam nem de si mesmos, imagina gostar do outro?
Não há como fugir das críticas e as escolhas não devem depender delas pois sempre haverão pontos de vista limitados. É a jornada de cada um. Nem todos despertam ao mesmo tempo para algo maior. O aprendizado acontece, cedo ou tarde, você querendo ou não.
Nesse caminho sinuoso, devemos seguir o nosso coração sem deixar se abalar pelo o que o outro pensa ou quer de nós. É melhor viver em liberdade que morrer sendo modelo de vida ou um alguém que não nós mesmos; Acreditar em si não necessita de aprovação alheia. Há um mestre sábio dentro de cada um de nós.