Apesar de termos direito de ficar tristes, é importante não nos acostumarmos à dor, sabermos olhar para frente e superá-la. Longe de nos afundar, ela deve nos ajudar a crescer.
A dor emocional é a que mais demora a sarar e é a ferida que ninguém vê. Todos nós temos alguma, ou mais que uma. Contudo, em vez de considerá-la como derrota ou símbolo de fraqueza, devemos aprender a reconhecê-la como parte de nossa essência.
Ao longo do nosso ciclo de vida, temos passado por triunfos e decepções. Ninguém é imune ao sofrimento, mas só alguns são capazes de transformar esse sofrimento em aprendizagem: em resiliência.
Mas você não é nem suas derrotas, nem suas perdas. Você é a pessoa que conseguiu olhar cara a cara à adversidade para enfrentá-la e avançar. Contudo, isso é algo que demoramos em descobrir, porque a dor emocional sempre dói e sempre nos lembra “onde está a ferida”.
A dor emocional que ninguém vê e que todos escondem
Podemos dizer, sem equívoco, que nesta vida existem, geralmente, dois tipos de pessoas:
Aquelas que interiorizam sua dor emocional e a vão controlando-a dia a dia com valentia e superação pessoal. São personalidades que não se deixam vencer e que mantêm suas cicatrizes, sabendo que são parte de suas vivências e do que aprenderam.
Por outro lado, há aquelas outras pessoas que fizeram de sua dor emocional a sua amargura pessoal. Se sentem tão feridas que provocam mal estar a quem se encontra à sua volta. Deixam de confiar em si mesmas e nos outros e encaram o dia a dia com negativismo.
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Costuma-se dizer que quem não sofreu, não sabe o que é a vida. Contudo, não vale a pena cair nesses extremos. Todos nós vivemos a existência que nos toca e devemos aceitar aquilo que o destino nos traz.
A dor emocional é sempre essa ferida interna que, se não for gerida de forma adequada, pode se traduzir, por sua vez, em doenças. É o que chamamos “somatizar”, ou seja, quando um problema emocional nos supera, todo o nosso organismo sofre as consequências até ao ponto de sofrer várias doenças.
Enxaquecas
Cefaleias
Problemas musculoesqueléticos
Dor de estômago
Problemas digestivos
Insônia
Ansiedade
Tonturas
Náuseas
Todos nós, de alguma forma, já vivemos esses momentos difíceis em que o sofrimento passa do pensamento e do mundo emocional para o nosso frágil corpo.
É inevitável que assim seja, mas isso não significa que devemos nos render a esse mal estar emocional. A vida segue seu curso e nós merecemos continuar respirando, continuar com a ilusão da esperança. Explicaremos como você pode conseguir isso.
Como gerir a dor emocional no dia a dia
Você tem o direito a chorar de sentir raiva
Você é uma pessoa e, como tal, necessita canalizar suas emoções. Jamais siga o conselho daqueles que lhe dizem: não chore, olhe para frente e esqueça tudo, faça como se nada tivesse acontecido…
Desde quando temos de virar a cara aos que nos fazem mal? Nunca. Se deve olhar o inimigo cara a cara, compreendê-lo e saber por que prejudicou você. Para fechar uma etapa necessitamos “entender, compreender” e não fugir.
Chorar é algo necessário, higiênico e saudável. Assim como sentir raiva e irritação. Tudo isso recebe o nome de desabafo emocional e, como tal, deve ser vivido durante um curto período de tempo.
Quem não desabafa não “descarrega” e isso, a longo prazo, traz consequências.
O desabafo emocional deve ser pontual e não ir além de duas semanas. Se passarmos todo o mês chorando e nos deixarmos levar pelas emoções negativas, corremos o risco de cair em uma depressão.
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Você tem o direito de se priorizar
Você não só tem o direito de se priorizar, como também é sua obrigação se permitir aquilo que quer e necessita.
Necessita de tempo? Dê umas semanas para si mesma.
Necessita se sentir útil? Tome suas próprias decisões e defina novos objetivos que a motivem.
Necessita de ser feliz? É possível que existam coisas no seu dia a dia que você deva deixar para trás. É o momento de refletir e tomar decisões.
Acabou de “se encontrar consigo mesma”. Agora você deve “se reinventar”
Passamos grande parte de nossas vidas procurando “encontrar a nós mesmas”. Agora que você já teve algumas experiências, que já fez suas aprendizagens e que já viveu a dor emocional de várias maneiras, é o momento de se “reinventar”.
Você sabe como é. Agora se pergunte que tipo de pessoa você gostaria de ser: Alguém mais forte? Mais seguro? Alguém capaz de alcançar seus sonhos?
Para nos reinventar, necessitamos alimentar novas esperanças e ilusões. Nunca é tarde para fazer mudanças, para pegar de novo esse trem que um dia deixamos passar.
Se rodeie de pessoas que favoreçam o seu crescimento pessoal, que a ajudam e que não levantam obstáculos à sua identidade ou autoestima.
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A dor emocional se supera com novas ilusões, com novos alentos e esperanças. São feridas internas que cicatrizarão pouco a pouco e que a cada dia doem um pouco menos.
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