“Falta de empatia e banalização da morte poderá nos levar a um apocalipse social”, diz neurocientista.
A banalização da morte e a empatia inventada: um paradoxo da era digital – Por Fabiano de Abreu.
Vivemos em uma era de paradoxos, onde a incoerência parece reinar soberana.
A coerência reside na região frontal do cérebro, mas esta área crítica é influenciada pelo tumulto das redes sociais, gerando transtornos mentais e nuances que turvam a cognição. Nesse cenário, emerge a intrigante interconexão entre a banalização da morte e a empatia inventada.
A empatia, um traço de personalidade vital ligada à região frontal cerebral, torna-se uma vítima colateral dessa era tumultuada.
Observamos indivíduos adotando causas não por convicção, mas como uma estratégia de chamar a atenção, transformando a empatia em um instrumento de destaque pessoal.
A banalização da morte, por sua vez, é um fenômeno alimentado pela falta de coerência em torno dela:
Distorcemos logicamente os eventos, negligenciamos a prevenção de riscos e ignoramos o impacto futuro.
Esses comportamentos, todos dependentes da função da região frontal do cérebro, contribuem para uma visão distorcida da morte.
A verdadeira empatia é uma governante inclemente, incapaz de participar de festividades como as do carnaval diante do fardo que carrega pelas mortes de inocentes. Ela nos obriga a expressar comoção diante de tragédias, seja um simples assalto perpetrado por criminosos comuns ou qualquer morte decorrente da violência urbana.
Banalizamos a morte, não da mesma forma que em conflitos distantes, como a Guerra da Ucrânia e Gaza, onde motivos complexos desencadeiam o caos. Aqui, enfrentamos uma guerra urbana, um campo minado onde a morte pode nos surpreender a qualquer momento, sem aviso prévio.
Nossa sociedade clama por socorro, pois a banalização da morte é o estágio final rumo a um apocalipse social, onde o ato de matar torna-se um projeto desorganizado de sobrevivência animal.
Urge a necessidade de reconstrução, de resgatar a empatia genuína e de reverter a desumanização que nos envolve.
Do contrário, corremos o risco de nos perdermos em um cenário onde a morte se torna apenas mais um capítulo em um projeto caótico e desesperado de existência.
* DA REDAÇÃO RH. Texto de Fabiano de Abreu Rodrigues, PhD, neurocientista, neuropsicólogo, biólogo, historiador, jornalista, psicanalista com pós em antropologia e formação avançada em nutrição clínica. PhD e Mestre em Ciências da Saúde nas áreas de Psicologia e Neurociências pela EBWU na Flórida e tem o título reconhecido pela Universidade Nova de Lisboa; Mestre em Psicanálise pelo Instituto e Faculdade Gaio/Unesco; Pós Graduação em Neuropsicologia pela Cognos em Portugal; Pós Graduação em Neurociência, Neurociência aplicada à aprendizagem, Neurociência em comportamento, neurolinguística e Antropologia pela Faveni do Brasil; Especializações avançadas em Nutrição Clínica pela TrainingHouse em Portugal, The electrical Properties of the Neuron, Neurons and Networks, neuroscience em Harvard nos Estados Unidos; bacharel em Neurociência e Psicologia na EBWU na Flórida e Licenciado em Biologia e também em História pela Faveni do Brasil; Especializações em Inteligência Artificial na IBM e programação em Python na USP; MBA em psicologia positiva na PUC. Membro da SPN – Sociedade Portuguesa de Neurociências – 814; Membro da SBNEC – Sociedade Brasileira de Neurociências e Comportamento – 6028488; Membro da FENS – Federation of European Neuroscience Societies – PT 30079; Contato: [email protected]
Foto de Jordy Meow na Unsplash
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