A geração “muito curso, pouca ação”: Nunca sentem que estão prontas!
Fui convidada para fazer um talk com assistentes virtuais. Na verdade, elas ainda não trabalham e é justamente por isso que fui convidada para o talk. Elas estudam, e muito. Conhecem os melhores apps, as técnicas, a maneira como falar com um cliente de cara área. Elas aprendem, como aprendiam as secretárias, mas não colocam nada em prática porque não se sentem prontas!
Resolvi escrever sobre os pontos que vou abordar no talk e, tenho certeza de que muitas pessoas vão se identificar. A maneira como as pessoas têm levado a sua vida está beirando a neurose, e acho um assunto necessário.
Sim, dá medo. E ninguém sai advogado de um curso de direito ou psicóloga de um curso de psicologia.
A realidade nua e crua é que só saímos da faculdade, sabendo o básico e treinados minimamente.
Saberemos onde procurar as informações necessárias até que um dia, depois de muito tempo, não precisaremos mais procurar. Só a ação que pode transformar um bacharel em uma profissão.
Quando me formei psicóloga já atendia como taróloga e, mesmo assim, eu não tinha autoconfiança. Demorei para encontrar a minha primeira paciente e mesmo assim pensava que ia fazer tudo errado.
Um dia, ouvindo o meu mentor da época ELE DISSE: pense que você não está sozinha com o paciente no consultório. Pense que você está conectada a uma inteligência superior, o seu inconsciente ou Deus, que sabe todas as respostas e que só vai usar você para que o paciente ouça o que ele precisa. Bingo! As inseguranças desapareceram.
A segurança real veio quando, depois de dois anos de atendimento da minha primeira paciente, ela estava ótimo. Largou um marido abusivo, trocou de emprego e comprou seu apartamento dos sonhos. Pensei, esse negócio de conexão funciona mesmo.
A insegurança tem duas fontes: perfeccionismo e comparação.
Na verdade, os dois se tornam mecanismos de defesa e te protegem de um possível sofrimento e frustração. Mas não é nada, real, só medo.
No perfeccionismo exigimos de nós algo que é impossível: que nada saia errado nunca. Impossível falando, mas dentro da nossa mente faz sentido. Ela te diz que não está bem-feito, que poderia ser melhor. Que você não tem direito ao erro ou a falta e que ninguém vai querer um trabalho tão malfeito. Não está, mas você ouve a sua mente.
Segundo: você se compara. E a comparação é sempre, sempre muito cruel. É com comparar um menino de 9 anos, que está aprendendo a jogar bola, com o Neymar.
Nos comparamos com os melhores, aquele que ainda não temos condições de alcançar. Nos tornamos arrogantes, achando que poderemos colocar em prática quando tivermos aquele nível.
O que ninguém te conta é que o Neymar tinha talento sim, mas só virou quem é depois de muito treino e muito erro. E quem, numa multidão de contas de Instagram quer errar? Não é mesmo.
A ação é só isso mesmo. Agir. É ir com medo mesmo e fazer. Meter as caras, insistir, se colocar a prova, vulnerável.
Mostre que você tem defeitos, que faz umas coisas bem ruins às vezes, mas que, no geral, isso não te diminui.
Não se diminua quando os erros acontecerem, eles são só degraus para o sucesso. E, nunca se compare a pessoas com muito mais tempo e experiência que você.
Lembrem-se: eles já estiveram no seu lugar.
Chega de aprender nos livros. Vamos agir para aprender.
*DA REDAÇÃO RH.
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