A minha religião é a paz. É onde o silêncio diz, onde a consciência descansa sob a proteção de forças que estão além de mim.
É a hora sagrada de estar a sós com o universo e agradecer pelos momentos vividos.
É quando eu fecho os olhos e peço para as forças ruins deixarem meu espaço deixarem minha casa, aliando-me ao bem.
A minha religião vem das coisas pelas quais passei, vem das provas que recebi, com a coragem de continuar mesmo à mercê das dores, mesmo muitas vezes sem esperança na alma.
Ela vem da fé que me mostrou a vida de modo diferente, das mudanças de atitude e da forma como eu me posicionei diante das coisas que vivi, enxergando o lado de dentro e me protegendo internamente.
Vi que de nada adianta um lado externo bonito, de nada adianta um lado externo vaidoso e cheio de orgulho, se dentro é onde tudo acontece, onde tudo pode, de repente, ruir.
Sejam emoções, sentimentos, pensamentos. Seja qualquer coisa que me busque e me derrube, sem que eu tenha forças para lutar, sem entender o que se passa aqui dentro.
A minha religião é a honestidade, é a sinceridade que mostra a cura que sinto em cada gratidão por ter me libertado de tantos obstáculos, aprendendo, assim, a tecer mais coragem no peito e a dizer as coisas que penso com elegância, e ao mesmo tempo, clara no que decidi.
Muita coisa denota tempo, muita coisa denota estudo, conteúdo, atitude, aprendizado e paciência.
Sou humana, mas, além de tudo, sou um ser enviado por Deus para cumprir sua missão aqui. Mantenho essa religião independente do que cada um acredita.
Esse foco de luz que muitas vezes ressurge envolvendo minha alma e me levando para frente é sinal de que não quero dar passos para trás, nem quero atrasar o meu futuro, que viaja no meu presente.
Estou vivendo com os pés no chão, com a responsabilidade de quem tem que cuidar da própria vida, com amor e compreensão.
A minha religião é onde encontro o caminho das pedras e também o caminho da elevação espiritual. É onde prefiro subir e alcançar voos maiores de entendimento.
Já caí muitas vezes e muitas vezes, também, me ajoelhei. Mas há sempre os dias que mudam, as voltas que a vida dá, a Lei do Retorno e a cura benéfica.
A minha religião é o que busco ao dar um sentido para a vida.
Viver, por mais que seja complicado, por mais que seja cheio de altos e baixos, é algo intransferível e pessoal.
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