Levei algum tempo para entender o que é paz interior. Talvez porque aqui dentro eu ainda não tivesse consciência das coisas ruins que poderia causar ao meu corpo, a minha alma sempre me negava enxergar a vida com a verdade que deveria ser.
Muitas vezes relutei, atropelei, convivi com pessoas e sentimentos extremamente nocivos à saúde do coração.
Fui muito rebelde em certas situações, não aceitava que me colocassem para baixo e muitas vezes tratada como um ser sem valor algum.
Essa tal, “paz interior” a que me refiro, veio no caminhar da minha convivência comigo mesma, veio no conviver e no afastar de todo tipo de intromissão a minha vida.
Veio ao perceber que nem sempre as pessoas agem com sinceridade, nem sempre elas realmente são aquilo que dizem. Pessoas destroem sonhos alheios, pessoas quando usam de máscaras se tornam traiçoeiras.
Aqui dentro eu travei muita luta com meus avessos, com o entender de que muitas vezes era feita de boba e que muita dedicação só me trouxe aquilo que não esperava ver ou sentir.
Por isso eu não espero nada e hoje mais pacificamente delimito meu espaço e não construo mais sentimentos ilusórios. Não aceito tão facilmente que escancarem o portão da minha casa interna só para me desafiarem para ver até onde posso com minha capacidade pessoal de aceitação.
Eu posso quando quero, eu enfrento quando preciso, eu assumo quando tem que ser.
Eu aceitei muitas coisas, aceitei voltar para casa, por vezes de mãos vazias, de coração rejeitado… aceitei trabalhar mais a minha autoestima e ver que não sou um bicho de sete cabeças e nem sou alguém descartável, alguém que só tem utilidade quando é preciso.
Eu aprendi que após assumir o controle das minhas emoções e sentimentos eu pude amenizar muitos estragos, pude compreender melhor minha existência aqui. Pude compreender porque os dias mudam, porque ciclos se fecham, porque pessoas partem e porque nem sempre sou obrigada a conviver com o que não quero. Pude entender porque estou só dentro desse círculo gigantesco onde transitam tantos universos paralelos ao meu, tantos olhares que não dizem e tantas coisas que parecem virar poeira no tempo.
Essa luta não é obsessão. É sinônimo de que os anos passaram, e aqui onde estou, exatamente onde Deus me colocou, é o que estou necessitando no momento.
Eu não vou à forra porque me sinto maior do que qualquer coisa que emanam a mim.
A espiritualidade atua sobre meus dias, tenho essa regalia de sair se quiser, de voltar quando puder, de doar mais de mim para mim e para quem conversa com meu coração.
Essa Paz interior por vezes é feita de tempestades, de choros desenfreados, de calmaria aparente. Mas quando ela decide chegar e ficar, não há quem a surpreenda com qualquer tipo de tentativa de destruição interna.
Eu não vivo em uma cela; vivo nessa imensidão chamada vida. O controle dela vem do alto e da fonte que me alimento diariamente.
A paz interior é resultado de quem aprendeu a se humanizar em nome do próprio bem.
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