A pessoa inteligente quando discorda, conversa e escuta a sua opinião, o ignorante “vira inimigo”!

O ponto de vista é apenas uma pequena parte da vista de um ponto.

Nos confrontos de opiniões, em sua grande maioria, apenas estamos discordando de uma ideia, não estamos, de todo modo, enfrentando a pessoa que transmite a ideia.

Ideias se combatem com outras ideias e não com violência verbal ou física.

Quando temos argumentos embasados em fatos e informações sólidas, que não são meros “achismos”, ou frações interpretativas carregadas de preconceitos e crenças, podemos enriquecer o mundo do outro, ampliar o seu olhar, e encurtar fronteiras cognitivas que capacitam a ampliação de horizontes intelectuais.

Conseguimos usufruir das divergências como complementaridade, isto é, o que em princípio parece uma invalidação ou rejeição de um parecer emitido por mim, em um diálogo acalorado e cheio de objeções, pode, se eu permitir, me fazer refletir sobre outros pontos que eu ainda não tinha percebido, ou seja, “variações sobre o mesmo tema”.

Quando ouvimos, sem objeções, o ponto de vista do outro, mesmo descordando, podemos unir as duas partes desta força, chamada relação e comunicação, e a deixar muito mais culta e diversificada em seu repertório e visão de mundo.

Quem não tem manobra argumentativa para constatar realidades sob outro prisma, jamais chegará a conclusões significativas nos axiomas da vida.

Quem não respeita a visão do outro e leva uma discordância para o lado pessoa, cria realidades paralelas e verdades fragmentadas para sustentar suas versões frágeis e ilusórias sobre os acontecimentos.

Aquele que ousa refutar as suas ideias, por ignorância de outras estratégias mais elaboradas, ganha ali um inimigo! Esse, acaba empobrecendo seu circulo de afetos e diminuindo sua adaptação ao mundo moderno tão dinâmico e cheio de “doxa” (evidencias) e juízo de valor, mas também gerador de estereótipos e preconceitos.

Desenvolva a escuta de qualidade!

Crie intervalos para pensar através de silêncios interpretativos.

A real comunicação humana acontece nos intervalos, entre a fala e a escuta.

Quando utilizamos do tempo para processar a informação, decodificar a mensagem, interpretar seu sentido semântico e só depois emitimos uma opinião, obtemos resultados mais satisfatórios, e não sentimos a necessidade de criar inimizades para afirmar aquilo que acreditamos ser verdade.

Caso contrário, viveremos num ringue mental, gastaremos muita energia na tentativa de convencer, mas de nada adiantará, pois o resultado será um conflito sem precedentes, entre pessoas que se hostilizam mutuamente.

Enquanto utilizarmos palavras de fúria para expressar as nossas opiniões, continuaremos construindo uma legião de inimigos a combater.

Seja inteligente! Não jogue todas as suas sementes em terreno seco e sem nutrientes.

A pessoa inteligente sabe colocar suas ideias sem ofender, e principalmente, aceita a opinião do outro sem o desmerecer. O ignorante vira inimigo.

*DA REDAÇÃ RH. texto de Fabiano de Abreu. Foto de Alyona Grishina no Unsplash

*texto de Fabiano de Abreu – Doutor e Mestre em Psicologia da Saúde pela Université Libre des Sciences de l’Homme de Paris; Doutor e Mestre em Ciências da Saúde na área de Psicologia e Neurociência pela Emil Brunner World University;Mestre em psicanálise pelo Instituto e Faculdade Gaio,Unesco; Pós-Graduação em Neuropsicologia pela Cognos de Portugal; Três Pós-Graduações em neurociência,cognitiva, infantil, aprendizagem pela Faveni; Especialização em propriedade elétrica dos Neurônios em Harvard; Especialista em Nutrição Clínica pela TrainingHouse de Portugal. Neurocientista, Neuropsicólogo, Psicólogo, Psicanalista, Jornalista e Filósofo integrante da SPN – Sociedade Portuguesa de Neurociências – 814, da SBNEC – Sociedade Brasileira de Neurociências e Comportamento – 6028488 e da FENS – Federation of European Neuroscience Societies-PT30079. E-mail: [email protected]

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Fabiano de Abreu Rodrigues é psicanalista clínico, jornalista, empresário, escritor, filósofo, poeta e personal branding luso-brasileiro. Proprietário da agência de comunicação e mídia social MF Press Global, é também um correspondente e colaborador de várias revistas, sites de notícias e jornais de grande repercussão nacional e internacional. Atualmente detém o prêmio do jornalista que mais criou personagens na história da imprensa brasileira e internacional, reconhecido por grandes nomes do jornalismo em diversos países. Como filósofo criou um novo conceito que chamou de poemas-filosóficos para escolas do governo de Minas Gerais no Brasil. Lançou o livro ‘Viver Pode Não Ser Tão Ruim’ no Brasil, Angola, Espanha e Portugal.