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“Adolescentes não deveriam votar”, diz neurocientista.

“Adolescentes não deveriam votar”, diz neurocientista.

Ao contrário do que muitos acreditam, aos 16 anos não temos a mesma capacidade de resolução de problemas de quando temos 18 anos.

Ultimamente temos assistido a uma tentativa de transformar adolescentes em adultos capazes de decidir e estar presente em atos tão importantes como votar.

No entanto, é preciso considerar o fato de que, aos 16 anos, somos mais impulsivos e idealistas, pela questão emocional, e também porque, a nossa capacidade de decisão ainda é nebulosa.

A ciência mostra exatamente isso e não devemos ignorar esses dados.

Cientificamente, o lobo frontal, mais específico o córtex pré-frontal, só termina de se desenvolver aos 30 anos de idade, a depender de cada indivíduo.

Com 20 anos, ele já é bastante desenvolvido para a tomada de decisões mais assertivas.

Esta região do cérebro está relacionada à lógica, tomada de decisões, controle emocional, atenção, racionalidade, entre outras funções relacionadas à inteligência global e precursora. Chamo de controle das inteligências.

O cérebro de jovens com 16 anos ainda é imaturo e excessivamente emocional. O sistema límbico trabalha melhor nas mensagens negativas, o que é natural, para a sobrevivência, mas revela uma ira maior – e como não existe um controle emocional tão definido, possuem o que chamo de “pensamento abstrato de imortalidade”.

Como neurocientista, o meu ponto de vista é que os jovens de 16 anos, pelo menos, na sua grande maioria, ainda têm uma perceção distorcida da realidade, o que altera também a capacidade lógica e racional, por conta disso, não deveriam votar.

A maturidade tem relação com a consciência, com a percepção, com a lógica e capacidade criativa. A experiência desenvolve a maturidade e a capacidade de análise, por esses motivos afirmo que os adolescentes não deveriam votar.

Mesmo que você discorde, perceba que os dados científicos confirmam a necessidade de maturação para a tomada de decisões, e sem maturidade, muitos votos (de adolescentes) podem ser equivocados.

*Texto de Fabiano de Abreu Rodrigues, PhD, neurocientista, neuropsicólogo, biólogo, historiador, jornalista, psicanalista com pós em antropologia e formação avançada em nutrição clínica. PhD e Mestre em Ciências da Saúde nas áreas de Psicologia e Neurociências pela EBWU na Flórida e tem o título reconhecido pela Universidade Nova de Lisboa; Mestre em Psicanálise pelo Instituto e Faculdade Gaio/Unesco; Pós Graduação em Neuropsicologia pela Cognos em Portugal; Pós Graduação em Neurociência, Neurociência aplicada à aprendizagem, Neurociência em comportamento, neurolinguística e Antropologia pela Faveni do Brasil; Especializações avançadas em Nutrição Clínica pela TrainingHouse em Portugal, The electrical Properties of the Neuron, Neurons and Networks, neuroscience em Harvard nos Estados Unidos; bacharel em Neurociência e Psicologia na EBWU na Flórida e Licenciado em Biologia e também em História pela Faveni do Brasil; Especializações em Inteligência Artificial na IBM e programação em Python na USP; MBA em psicologia positiva na PUC. Membro da SPN – Sociedade Portuguesa de Neurociências – 814; Membro da SBNEC – Sociedade Brasileira de Neurociências e Comportamento – 6028488; Membro da FENS – Federation of European Neuroscience Societies – PT 30079; Contato: deabreu.fabiano@gmail.com

Foto de Allef Vinicius no Unsplash

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Fabiano de Abreu

Fabiano de Abreu Rodrigues é psicanalista clínico, jornalista, empresário, escritor, filósofo, poeta e personal branding luso-brasileiro. Proprietário da agência de comunicação e mídia social MF Press Global, é também um correspondente e colaborador de várias revistas, sites de notícias e jornais de grande repercussão nacional e internacional. Atualmente detém o prêmio do jornalista que mais criou personagens na história da imprensa brasileira e internacional, reconhecido por grandes nomes do jornalismo em diversos países. Como filósofo criou um novo conceito que chamou de poemas-filosóficos para escolas do governo de Minas Gerais no Brasil. Lançou o livro ‘Viver Pode Não Ser Tão Ruim’ no Brasil, Angola, Espanha e Portugal.

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