Quando falamos em amor, o que vem à mente da maioria das pessoas é aquela ideia do amor romântico, em que duas pessoas se unem e tornam-se uma só e o mundo passa a não fazer mais sentido sem o ser amado.
Esse conceito de amor está fortemente impregnado em nossos cérebros por conta de todas as referências que tivemos ao longo de nossas vidas: filmes de princesas sendo salvas por príncipes encantados e vivendo felizes para sempre, músicas românticas que nos acompanharam a vida toda, prometendo que quando encontrássemos esse tal amor finalmente seríamos completos, e por aí vai.
Mas essa ideia de amor romântico não é saudável! Escrever esse post é um pouco difícil porque é como se eu contasse a uma criança que Papai Noel não existe rs. No entanto, quando desconstruímos essa ideia de amor romântico, abrimos uma porta muito bonita e forte para o empoderamento de nossas vidas e aumento de nossa autoestima.
Há algum tempo eu venho pensando nesse assunto, observando relações pouco saudáveis que, na grande maioria das vezes, conduzem ao sofrimento. Vez ou outra eu recebo um e-mail de alguém me perguntando: “Como parar de sofrer de amor”. =( E foi quando assisti ao vídeo abaixo que as coisas ficaram mais claras:
A explicação da monja Jetsunma Tenzin Palmo é uma pérola que guardo com muito carinho no coração, procurando ver todas as vezes que sinto estar indo para um caminho um pouco tóxico quando se trata de amor.
Ela fala sobre a diferença entre o amor romântico e o amor genuíno (assistam, sério mesmo!). Enquanto o amor romântico diz: “eu quero que você me faça feliz e seja feliz comigo”, o amor verdadeiro diz: “eu quero que você seja feliz. Se isso me inclui, ótimo. Se não, tudo bem”.
É um trabalho que precisa ser feito diariamente, pois passamos toda nossa vida recebemos influências diferentes. Quando paramos para prestar atenção nesse amor genuíno, entendemos que o apego é o caminho para o sofrimento.
É esse apego que nos faz pensar que, quanto mais nos agarrarmos a uma pessoa, mas demonstramos nosso amor, quando, na verdade, isso só nos causa muita dor já que quanto mais nos agarramos mais temos medo de perder. Enquanto o apego segura com muita força, o amor genuíno nutre a relação, segurando gentilmente e deixando as coisas fluirem. Até falei mais nisso no post que ficou viral, Encontre alguém que vai mudar sua vida, não apenas seu status.
“Amor de verdade não dói. Ele inunda o coração e se basta sozinho. Já apego traz sofrimento, porque guarda dentro de si o medo da perda. Da rejeição. De ficar sem a pessoa, de ficar sozinho. O amor não pode ter medo da perder porque não perde nunca –ele existe indiferente da reciprocidade. Existe em si mesmo” – Ensinamento Budista
MAS O QUE ISSO TEM A VER COM AUTOESTIMA E COMO PARAR DE SOFRER?
Nós nos apegamos tanto à pessoa que amamos por acreditarmos que se ela for embora nós iremos sofrer. E de fato iremos mesmo. Mas isso acontece por conta da ideia de sermos preenchidos pelo outro – por isso os rompimentos causam aquela sensação de vazio, como se uma parte de nós tivesse ido embora.
É uma situação bastante delicada quando esperamos que outra pessoa nos complete quando, na verdade, precisamos estar plenos de nós mesmos para conseguirmos uma relação saudável. O apego nos faz colocar a outra pessoa no centro do nosso universo, de maneira que se ela for embora, nós perdemos completamente o eixo. E isso não pode acontecer.
Todos precisamos e gostamos de afeto, mas é fundamental que nossa estabilidade emocional dependa de nós mesmos. Sem uma autoestima positiva, esperamos que a outra pessoa nos faça felizes, quando nós temos todo o poder para isso!
Diferente do que dizem os contos de fadas, somos as únicas pessoas capazes de nos salvar. Esperar que isso venha de outra pessoa vai nos causar sofrimento – além de depositar uma responsabilidade injusta sobre o outro (que também está lutando para se salvar, diga-se de passagem).
No livro Amar e Ser Livre do Sri Prem Baba, ele fala que “ a autoresponsabilidade é a pedra fundamental que sustenta o caminho da autorealização. Sem ela a evolução não é possível. Lembre-se que nós estamos onde nos colocamos. Se você está num buraco, foi você que se colocou dentro dele. Se você está em um lugar agradável, confortável, também foi você que se colocou nele”.
Quando assumimos a autoresponsabilidade de nos fazermos felizes, eliminamos muitas frustrações, paramos de culpar outras pessoas e, de quebra, conseguimos relações mais saudáveis.
Vamos tentar? =)
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