Amores pela metade serão sempre amores falsos.

AMORES PELA METADE – Fabrício Carpinejar

“Tem algo que me traz um grande desconforto no BBB: Thaís e Carla mendigando a atenção de Fiuk e Arthur. Transmitem um exemplo de submissão.

São duas mulheres independentes, poderosas, com as suas profissões estabelecidas (cirurgiã-dentista e atriz), articuladas, e estão vivendo à sombra de homens que demonstraram que não estão entregues, que não estão a fim de namoro.

Ambas foram cortadas várias vezes e não abandonam a obsessão. Seguem abertas aos constrangimentos. Não precisavam correr atrás, por aquilo que representam sozinhas.

Posicionam-se contra o amor-próprio, à medida que não encontram correspondência na mesma intensidade.

No caso de Thais, o beijo se deu mais por uma pressão externa do que por uma decisão interna do Fiuk.

Selos e selos de cartas sem destinatário.

Não existe química, apoteose, desejo à flor da pele.

É como um par arranjado e forçado pelos amigos. Desde a primeira ficada, ela se vê perdida e desorientada nas dinâmicas e festas, escondida nas asas da confidente Viih Tube.

Perdeu a confiança e não se apresenta inteira, porque está sofrendo uma rejeição parcelada e insistente.

Há também o romance morno de Carla e Arthur. Nunca se viu um casal tão sem sal ou açúcar no reality.

Ele não se decidiu, fica em cima do muro.

Parece que só quer ser amado, não amar em troca.

É contido e, na maior parte dos enlaces, indiferente.

Tem um olhar vago, imerso em outras preocupações, ainda quando ela está deitada em seu peito.

Está esperando o quê?

Tudo já passou por ele e nada foi feito: Carla se ajoelhou na volta do paredão falso, prometeu ser parceira da vida e do jogo, numa cena novelesca de pedido de casamento.

Nem isso surtiu efeito.

Nenhuma prova de confiança o sensibiliza.

Até as reconciliações são apáticas, contratuais, como alianças racionais para escapar do paredão.

Na idealização, você só lê o que está escrito no próprio coração: tem todos os avisos, todos os alertas dos colegas, todas as descrições das conversas, todos os sinais contrários, e consegue interpretar diferente para justificar a permanência.

Talvez ambas estejam agindo por orgulho ferido, para dobrar as dificuldades.

Quanto mais são negadas, mais se encarnam a provar que podem conquistar. Mas não basta o orgulho sangrar, vão aguardar ele morrer?

As duas participantes vêm colocando fora a possibilidade de destaque no BBB, por quem não as merece, por quem colocou a disputa pelo prêmio como prioridade.

Amores pela metade serão sempre amores falsos.” Escreveu Carpinejar em sua página no Facebook. E vocês? O que estão achando desses casais no BBB 21? E sobre a relação das mulheres e a submissão? O que vocês acham?

*DA REDAÇÃO RH. Com informações Fabrício Carpinejar.

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