Após atravessar o deserto encontraremos o sentido da vida e viveremos de forma plena e feliz.

Quem poderia imaginar que uma lagarta, que rasteja pelo chão, pudesse se transformar numa linda borboleta, capaz de voar.

Se não fosse os livros e a internet para nos mostrar, jamais saberíamos sobre seu processo de transformação.

Chega até parecer surreal sua metamorfose. A lagarta constrói seu próprio casulo e se fecha dentro dele e por lá fica até seu corpo mudar, ganhando asas.

Quando se sente pronta o casulo se rompe e a borboleta sai voando, nos encantando com seu colorido e sua leveza.

É tão belo de se ver, que parece um verdadeiro milagre da natureza, capaz de nos transmitir alegria com suas cores e nos passando a sensação de liberdade ao flutuar no céu azul.

Da mesma forma que a borboleta, também passamos por transformações.

Quando estamos perdidos com a sensação de vazio dentro de nós, temos a tendência de afastarmos de tudo e de todos e fecharmos para balanço no nosso mundinho, dentro de nós mesmos em busca do sentido da vida. Nos enchemos de perguntas e refletimos sobre nós mesmos e sobre tudo ao nosso redor.

Parece não existir uma razão de ser ao depararmos com a angústia que nos paralisa e nos tira a alegria e vontade de viver. Temos a impressão de entrar numa caverna escura, sem saída. Nenhuma solução aparece para os problemas.

Em busca de uma luz no fim do túnel, acabamos nos perdendo. E quando tudo parecer estar perdido, só nos restará fechar os olhos e fazer um mergulho para dentro de nós mesmos até acharmos a fé em Deus que nos guiará até a saída.

É um processo gradativo.

Da escuridão ao brilho da luz, sentiremos nossos olhos estranharem um pouco, causará momentaneamente um certo desconforto no início em forma de dor.

Após esse tempo necessário para nos acostumarmos com a luz, estaremos aptos a desfrutar tudo o que nos será apresentado e encontraremos um sentido para tudo.

Tudo se tornará novo. O mundo cheio de possibilidades, respostas e soluções nos será apresentado de forma natural e espontânea. Deixaremos as coisas ruins para trás e esquecemos tudo o que se passou.

Seremos novas criaturas com uma nova vida.

Encontraremos a liberdade que nos fará voar alto em busca dos nossos novos sonhos.

Estaremos mais fortes para enfrentarmos quaisquer desafios e teremos a certeza que todos serão superados.

Nosso sorriso estará de volta e encantaremos a todos com nossa leveza ao ver o mundo com outros olhos.

Após atravessar o deserto encontraremos o sentido da vida e viveremos de forma plena e feliz.








Idelma da Costa, Bacharel em Direito, Pós Graduada em Direito Processual, Gerente Judicial (TJMG), escritora dos livros Apagão, o passo para a superação e O mundo não gira, capota. Tem sido classificada em concursos literários a nível nacional e internacional com suas poesias e contos. Participou como autora convidada do FliAraxá 2018 e 2019 e da Flid 2018.